A Virgin Orbit, empresa pertencente ao bilionário Richard Branson, está iniciando uma “pausa operacional” de uma semana para buscar novos investidores e aliviar a pressão financeira, reforçada após a falha no lançamento do Reino Unido. Mais da metade da equipe de funcionários envolvida no projeto também foi dispensada, segundo informou a CNBC. 

O que aconteceu? 

No começo deste ano, a Virgin Orbit fez seu primeiro lançamento orbital do Reino Unido — e a primeira missão comercial a decolar a partir da Europa Ocidental. O Boeing 747 partiu carregando o foguete LaucherOne acoplado sob uma de suas asas e, inicialmente, o primeiro estágio para entrar em órbita ia bem, até que uma anomalia impediu o foguete de continuar. 

A aeronave caiu, segundo a CNBC, no Oceano. Sua reentrada na Terra foi filmada por um observador nas Ilhas Canárias, território espanhol localizado na costa da África. 

A aeronave carregava nove satélites que iriam desempenhar funções civis e militares: um experimento de fabricação em órbita da empresa britânica Space Forge. 

A Virgin Orbit e a Agência Espacial do Reino Unido (UKSA) abriram uma investigação para descobrir o que aconteceu. Em fevereiro, a empresa confirmou que a falha ocorreu devido um filtro de combustível “desalojado de sua posição normal”. 

Em um cenário geral, no entanto, além do fracasso na missão, a Virgin Orbit tem visto suas ações caírem desde 2021. Ela relatou uma perda de US$ 49,2 milhões em seu último trimestre fiscal. Apesar disso, a companhia já sinalizou que irá continuar, de forma otimizada, seus projetos. 

“Nossa investigação está quase completa e nosso próximo foguete de produção com a modificação necessária incorporada está nos estágios finais de integração e teste”, disse o porta-voz da Virgin Orbit no mês passado.