Para reduzir custos, a Volkswagen optou por apostar as suas fichas em um ramo inusitado: mineração (e não tem nada a ver com criptomoedas). O plano, segundo um membro do conselho da VW, é conseguir matéria-prima suficiente para suprir a metade da demanda da empresa por células de baterias. O restante será vendido para terceiros.

A estratégia não é exatamente pioneira e acompanha uma tendência vista no mercado automotivo de tentar controlar toda a cadeia de suprimentos, o que inclui conseguir recursos cruciais para atender às metas de eletrificação nos próximos anos.

Resumo dos planos da Volkswagen

O gargalo para obter matérias-prima é a capacidade de mineração — é por isso que precisamos investir diretamente nas minas

Thomas Schmall, membro do conselho da VW, em entrevista à Reuters

A PowerCo começará a nova empreitada fornecendo células para a Ford. A novidade virá embarcada nos 1,2 milhões de veículos da empresa americana fabricados na Europa usando a plataforma MEB da VW.

Vale destacar que adquirir baterias a um preço razoável é um dos maiores desafio para a Volkswagen, Tesla e demais empresa que buscam baratear os carros elétricos. A Tesla, apesar de muitos investimentos, também luta para atender à demanda e conta até com a ajuda de fornecedores asiáticos.

No fim, isso explica o motivo da VW procurar diretamente as mineradoras para obter lítio, níquel e cobalto e garantir o fornecimento desses recursos. Schmall está confiante nos planos, já que construir um carro elétrico mais acessível passa primeiro por conseguir comprar ou produzir baterias mais baratas — o componente sozinho corresponde a 40% dos custos de produção de um EV.

No plano de gastos da Volkswagen para os próximos cinco anos, até 15 bilhões de euros serão destinados para as suas três fábricas de baterias citadas antes e para fontes de matéria-prima.

Imagem principal: Gyuszko-Photo/Shutterstock

Via: Reuters