Presidente francês, Emmanuel Macron, pretende usar uma entrevista na TV na quarta-feira, 22, para ‘acalmar as coisas’ e planejar mudanças para o restante de seu mandato
Pelo sexto dia seguido, manifestantes saíram às ruas da França para manifestar contra a Reforma da Previdência aprovada, definitivamente, na segunda-feira, 21, após as duas moções contra o presidente Emmanuel Macron serem rejeitadas. A polícia disparou gás lacrimogêneo em um protesto quando alguns manifestantes atearam fogo em lixeiras e incendiaram uma motocicleta e lançaram fogos de artifícios contra a polícia na praça Place de la Republique. Os manifestantes têm brincado de gato e rato com a polícia em cidades da França desde a semana passada, colocando fogo em lixeiras e barricadas enquanto a polícia respondia com gás lacrimogêneo e atacava os manifestantes. O presidente francês, Emmanuel Macron, pretende usar uma entrevista na TV na quarta-feira, 22, para “acalmar as coisas” e planejar reformas para o restante de seu mandato, disse uma fonte que participou de reuniões entre Macron e aliados importantes. O líder francês está tentando recuperar a iniciativa com novas reformas nas próximas semanas, depois que seu governo sobreviveu por pouco a uma moção de censura na segunda-feira devido a um impopular projeto de lei de pensão, disse a fonte. Alguns, no próprio campo de Macron, o alertaram contra continuar com os negócios, como sempre em meio a protestos violentos e greves contínuas que representam o desafio mais sério à autoridade do presidente de centro desde a revolta dos “coletes amarelos” quatro anos atrás.
Grupos de jovens correm por Paris incendiando contêineres de lixo com uma tática clara: serem rápidos e imprevisíveis. Na segunda-feira, 20, à noite, os manifestantes, em sua maioria, não buscaram confrontos com a polícia, mas encheram as ruas de obstáculos, sejam bicicletas, lixo ou paletes de lixo incendiados, para dificultar o avanço motorizado das forças de segurança. “Somos ‘be water’ como em Hong Kong… Bom, ou ao menos tentamos”, explica Romain (pseudônimo) em um calçadão do bairro central de Les Halles, com a polícia atrás. “Devemos renovar nossas ações para manter a pressão”, diz o estudante. A fórmula “be water” (seja como água, em inglês) é uma referência ao herói do cinema de Hong Kong, Bruce Lee, que os manifestantes adotaram em 2019 durante a onda de protestos na ex-colônia britânica contra um projeto de lei de extradição para a China, que foi suspenso.
Fonte: Jovem Pan News
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