O Cruzeiro trocou de estrangeiros no comando da equipe: sai o uruguaio Paulo Pezzolano, entra o português Pepa. No total, o Brasileirão, que começa no próximo mês, terá 10 técnicos estrangeiros. Se comparado às principais ligas europeias, só a Premier League tem um número maior de estrangeiros: na Inglaterra, são 15. Veja ao final todos os treinadores estrangeiros nas principais ligas da Europa.
A Premier League tem apenas cinco técnicos ingleses: Graham Potter (Chelsea), Gary O’Neil (Bournemouth), Sean Dyche (Everton), Roy Hodgson (anunciado hoje pelo Crystal Palace no lugar do francês Patrick Vieira) e Eddie Howe (Newcastle). De resto, todos técnicos estrangeiros. Nas outras ligas, há presença de treinadores de fora do país, mas em menor escala.
Na Itália são quatro técnicos, a Espanha conta com cinco (com a demissão recente de Jorge Sampaoli), a Alemanha com seis e a França tem sete comandantes de fora do país. A maioria absoluta dos técnicos vêm de outros países da Europa, com raras exceções como o argentino Diego Simeone, o chileno Manuel Pellegrini, o mexicano Javier Aguirre e o australiano Patrick Kisnorbo, do Troyes.
Principal liga da Europa no momento, a Premier League é a que mais investe em técnicos estrangeiros. Não por acaso o último técnico britânico a se sagrar campeão foi o escocês Alex Ferguson, em 2013. O último técnico inglês a levantar a taça foi Howard Wilkinson, do Leeds, em 1992, antes da criação da Liga.
A contratação de estrangeiros não é necessariamente sinônimo de sucesso. Mas não é apenas na Inglaterra que vemos campeões não-nacionais. Pep Guardiola é o atual campeão inglês pelo City, Maurício Pochettino foi campeão pelo Paris Saint-Germain e Carlo Ancelotti venceu pelo Real Madrid. Entre os atuais campeões, apenas Julian Nagelsmann, pelo Bayern de Munique, e Stefano Pioli, do Milan, são “locais”.
No caso do Brasil, o número de estrangeiros não aumentou com Pepa, mas foi mantido. Ao mesmo tempo, o recorde de portugueses na elite subiu para oito treinadores. A presença de europeus por aqui, principalmente lusos, cresceu desde os sucessos recentes conquistados por Jorge Jesus e Abel Ferreira.
A saída de Pezzolano foi a primeira troca de comando de um clube da elite do futebol nacional em 2023. Pedro Martins, diretor de futebol da Raposa, acredita que o substituto de Pezzolano tem potencial para fazer bom trabalho. A cúpula vê em Pepa o perfil ideal para o projeto celeste.
“Nas conversas, quando a gente aprofundou no processo de seleção, Pepa deixou claro que o Cruzeiro seria grande passo na sua carreira. Entendia o projeto no detalhe. Vem estudando muito o Cruzeiro, todas as possibilidades, o elenco, mesmo à distância”, disse em coletiva.
Fonte: Ogol
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