Quando Elon Musk anunciou seu plano de reduzir os custos de fabricação e produção dos carros elétricos da Tesla pela metade, no Dia do Investidor, as empresas automobilísticas logo se movimentaram para alcançar a tendência.

Sem o corte, a Tesla já apresenta uma vantagem competitiva considerável: analistas estimam que os veículos mais vendidos da companhia já estão milhares de dólares atrás dos concorrentes, que tentam diminuir a diferença.

As metas da Tesla

O anúncio do corte corrobora com o que foi anunciado no Dia do Investidor da Tesla. Para alcançar a meta, a empresa pretende diminuir os custos unindo novos processos de fabricação, corte de peças e automação das fábricas.

Para Elon Musk, há um caminho claro para produzir um veículo menor que o Model 3, um dos mais vendidos da companhia, com processos mais fáceis e baratos. O CEO, porém, tem um histórico de metas ambiciosas e não chegou a detalhar novos valores ou data de lançamento do novo automóvel.

A concorrência da Tesla e de Elon Musk

Se antes a indústria automotiva já procurava cortar gastos a qualquer custo — até em centavos —, recorrendo a linhas de montagens, fusões, alianças e revisões de processos e design, agora as empresas têm de correr ainda mais.

A concorrência

Após o anúncio, executivos de empresas do ramo se reuniram, demonstrando a pressão do setor. A Volkswagen, por exemplo, contará com um veículo elétrico apelidado de ID. 3, que custará a partir de US$ 40 mil na Europa. Atualmente, o Model 3 custa U$ 45 mil. Elon Musk anunciou o veículo por US$ 35 mil em 2016 — valor impossibilitado pelos custos de produção. A Tesla segue nos esforços para diminuir preços e revela ter alcançado melhorias de 30% desde 2018 — em áreas de produtividade, engenharia e fornecedores. Segundo executivos, essas serão as melhorias que possibilitarão a redução de 50% dos custos dos carros da próxima geração.

Mesmo se Musk e a Tesla não atingirem a meta estabelecida, o esforço já aprofundaria a vantagem da empresa, além de cutucar os investidores. Questionado sobre essa vantagem, Adam Jonas, analista do Morgan Stanley, se mostrou convencido de que outras empresas terão dificuldade de igualar a lucratividade dos EVs.

Com informações de The Wall Street Journal.

Imagem: Ameer Mussard-Afcari / Shutterstock