Depois de “passar” por Saturno e Júpiter, a Lua continua sua “turnê mensal” de março pelos planetas do Sistema Solar “visitando” Vênus, com quem compartilha a mesma ascensão reta nesta sexta-feira (24), em um fenômeno conhecido como conjunção astral. 

Tomando por base um observador situado na cidade de São Paulo, a dupla será visível a partir das 8h47 (pelo horário de Brasília), continuando a ser observável até mais ou menos 20h.

Posição dos astros no céu no momento em que o par Lua e Vênus, em conjunção, se tornará visível da Terra nesta sexta-feira (24). Imagem: Solar System Scope

De acordo com o site In-The-Sky.org, a Lua estará com magnitude de -10.1, e Vênus com uma taxa de -4.0, ambos na constelação de Áries.  Quanto mais brilhante um corpo parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio e também será visível a olho nu ou com um par de binóculos.

Por volta das 7h30, com os dois corpos ainda abaixo da linha do horizonte (portanto, fora do nosso campo de visão), ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois corpos, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

Depois de Vênus, o último planeta a fazer conjunção com a Lua em março será Marte (28). Essa série de conjunções ocorre em razão de o nosso satélite natural orbitar a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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