Um novo golpe do Pix pelo WhatsApp atinge entregadores de aplicativo em Pernambuco. Estelionatários têm usado fotos de delegados e servidores públicos para fazer pedidos em apps de delivery. Depois, eles entram em contato com os funcionários por mensagem, inventam demandas extras e pedem troco adiantado.
A Polícia Civil de Pernambuco instaurou inquéritos para investigar os casos de golpe com fotos dos servidores.
Como funciona o golpe
Os estelionatários usam o pedido em aplicativos para conseguir entrar em contato com os entregadores e inventam demandas extras para conversar diretamente com o funcionário.
José (um pseudônimo para proteger a privacidade do entregador), outro motoboy, quase fez o Pix do troco adiantado.
Golpe não é novo
Outras vítimas também caíram no golpe. Foram três pessoas procurando a delegacia nesse final de semana.
Gregório Ribeiro, delegado da Delegacia de Combate à Corrupção, que teve sua foto usada, não estava de plantão e foi informado do uso da imagem por colegas da polícia. Ele afirma que golpes desse tipo já vinham acontecendo e que os criminosos sempre encomendavam alimentos, normalmente em grande quantidade.
Apenas com a foto dele, foram mais de 15 casos em Petrolina — somente entre os que foram notificados à delegacia.
Tenho que fazer (B.O.), citando que estão usando meu nome, minha foto. Tudo para poder dar início à apuração. (…) Houve o pico na pandemia.
Gregório Ribeiro
Em abril, a foto do delegado Ney Luiz Rodrigues também foi usada em Ipojuca, Pernambuco. Oito comerciantes da região de Porto de Galinhas caíram no pedido de “troco adiantado” pelo Pix.
Resolução
A Polícia Civil de Pernambuco instaurou inquéritos para investigar os golpes. Em nota ao TAB Uol, a instituição afirma que três pessoas já foram identificadas e respondem por estelionato e associação criminosa pelos casos em Ipojuca.
O caso de Petrolina segue sob sigilo O delegado presidente da Adeppe (Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco), que também teve sua foto usada por bandidos, afirma que o golpe é recorrente no Brasil todo e o atribui a “presidiários que têm acesso a celulares”.
Gregório Ribeiro considera que os golpes do Pix são de difícil resolução por causa de dois fatores.
Prevenção
Para ficar atento e não cair no golpe, o delegado indica redobrar a atenção e sempre desconfiar de pedidos incomuns.
Desconfie. Não teria motivo para eu estar na delegacia e solicitar um Pix a outra pessoa. Se fosse para pedir um favor, eu pediria para um policial que tá na delegacia.
Gregório Ribeiro
Com informações de TAB Uol
Imagem: Creativa Images/Shutterstock
Fonte: Olhar Digital
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