Desde sábado (25), estamos diante de uma espécie de “Parada Planetária”: todos os planetas do Sistema Solar que são visíveis a olho nu aqui da Terra (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) vão aparecer no céu formando uma trilha em direção à Lua – evento que se estende até quinta-feira (30).
Acontece que, em alguns desses dias, nem todos estarão acessíveis ao mesmo tempo. Por exemplo, Júpiter (que está em seus últimos dias visível) vai se perder na luz solar a partir de terça-feira (28), e Saturno, por sua vez, só aparecerá altas horas da madrugada de hoje e de amanhã.
Entenda:
Se você baixar um aplicativo de astronomia, como o Sky Tonight ou o SkySafari, por exemplo, será possível saber exatamente onde cada planeta estará no céu durante esses “desfiles”.
A magia acontece nas horas após o pôr do Sol
Assim que o Sol mergulhar abaixo do horizonte, olhe para o oeste. Baixo no céu, Júpiter e Mercúrio vão aparecer quase lado a lado. Esse par só será visível por menos de uma hora após o anoitecer. Depois disso, por volta das 18h50, eles afundarão abaixo do horizonte, saindo de nosso campo de visão (todos os horários mencionados têm como referência o fuso de Brasília).
Um pouco acima de Júpiter, e mais para a direita, estará Vênus. O objeto mais brilhante do céu noturno (depois da Lua) estará bem pertinho de Urano (mas, este, só usando binóculos ou um telescópio será possível enxergar). Essa dupla estará acessível até aproximadamente 20h.
Marte é o planeta que permanecerá visível por mais tempo. Ele aparecerá vermelho brilhante e no alto do céu a sudoeste, acima da lua crescente e ligeiramente à sua esquerda até segunda-feira, aparecendo abaixo dela a partir de terça.
Saturno, por sua vez, estará baixo no horizonte leste pouco antes do nascer do sol, a partir das 4h da manhã dos dias 27 e 28.
Planetas estão mesmo alinhados no céu?
Embora apareçam enfileirados, os corpos não estarão tão próximos entre si para caracterizar uma conjunção planetária.
De acordo com Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), eles parecem “alinhados” no céu porque orbitam o Sol no mesmo plano da eclíptica, uma linha imaginária no céu que define também o caminho aparente que é percorrido pela Terra ao redor da nossa estrela.
“O fato de estarem todos do mesmo lado do Sistema Solar permite que alguns planetas possam ser observados ao mesmo tempo”, explicou Zurita, destacando que essa configuração dos astros em destaque nesses dias não é algo tão extraordinário. “O que realmente chama a atenção dos observadores é quando todos os cinco planetas visíveis a olho nu aqui da Terra aparecem no céu ao mesmo tempo” – como aconteceu em junho de 2022 (18 anos depois da última ocorrência).
Fonte: Olhar Digital
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