Conforme o programado, a Volkswagen e a General Motors (GM) começam nesta segunda-feira (27) um período de paralisação que afetará cinco mil colaboradores que atuam, respectivamente, nas fábricas de Taubaté (SP) e São José dos Campos (SP).

Segundo a VW, cerca de 2 mil pessoas serão afastadas primeiro por 10 dias. Logo depois, outras 900 entram em férias coletivas e retornam após o feriado de Tiradentes (21 de abril). A marca alemã informa que a medida foi adotada para manutenção da linha de produção e por conta de gargalos no fornecimento de peças.

Já a General Motors, suspenderá cerca de 80% da produção na planta de São José dos Campos (SP), concedendo férias a três mil funcionários para ajustar estoque nos pátios. O retorno das operações está previsto para 13 de abril.

O que motivou a suspensão das atividades

“Se as vendas vão desacelerando, a indústria também paralisa para não ficar com pátios lotados de veículos. É uma forma de também regular preços. Se não oferta muitos carros, ela (a indústria) retarda a queda de preços”, disse André Braz, economista do FGV IBRE, ao Olhar Digital.

Como contexto, dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que 2023 começou lento, com baixa de 34% nos emplacamentos de automóveis frente a dezembro de 2022. Em fevereiro houve nova queda de 9% em relação a janeiro. 

No fim, essa combinação de fatores — juro alto, falta de peças e demanda reprimida — acabaram levando a paralisação das empresas. Para entender mais sobre o tema, confira também a nossa reportagem que trata como a indústria automotiva chegou ao seu momento atual.

Imagem principal: Jasen Wright/Shutterstock

Com informações do G1