A Alphabet, controladora do Google, pediu a juiz federal dos Estados Unidos, na segunda-feira (27), que rejeite ação do Departamento de Justiça local, que alega que a gigante das buscas abusou ilegalmente de seu domínio da publicidade online.

O governo, que entrou com o processo de tecnologia de anúncios em janeiro com oito estados, argumentou que o Google deveria ser forçado a vender seu pacote de gerenciamento de anúncios. A empresa negou qualquer irregularidade.

Nos mais de três anos em que investiga os negócios de tecnologia de anúncios do Google, os Estados Unidos receberam mais de dois milhões de documentos do Google e obtiveram mais de trinta depoimentos de testemunhas do Google. No entanto, os queixosos continuam incapazes de encontrar apoio para seus alegados danos antitruste.

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O Google argumentou que o caso deveria ser arquivado porque o governo cometeu erro ao definir o mercado de publicidade online e excluiu indevidamente concorrentes poderosos, como o Facebook.

A companhia ainda disse que a estimativa do governo da troca de anúncios do Google como tendo “mais de 50%” do mercado ficou aquém dos 70% necessários para alegar poder de mercado.

A empresa também afirmou que o governo errou ao afirmar que as aquisições da DoubleClick e da AdMeld pelo Google, ambas há mais de dez anos, prejudicaram a concorrência. As autoridades antitruste aprovaram ambas as transações na época.

O Google pediu audiência para considerar a moção de rejeição. O caso está sendo ouvido pela juíza estadunidense Leonie Brinkema no Distrito Leste da Virgínia.

O processo de tecnologia de anúncios do Departamento de Justiça segue processo separado movido em 2020, no final do governo Trump, que acusou o Google de violar a lei antitruste para manter seu domínio nas buscas. Esse caso vai a julgamento em setembro.

O governo Biden procurou endurecer a aplicação antitruste. Juntamente com o processo do Google, também há longa lista de fusões.

Via Reuters

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