Conjunto contém um relógio Rolex, abotoaduras, anel, caneta e um rosário islâmico, que o ex-presidente teria recebido em Doha, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019, quando ainda era presidente
A defesa de Jair Bolsonaro (PL) confirmou que um terceiro lote de joias recebido pelo ex-presidente foi registrado e está disponível para entrega à União. Entre os itens, está um relógio Rolex cravejado de diamantes. Segundo os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Bettamio Tesser, que representam Bolsonaro, “os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República conforme a legislação em vigor”. Os representantes do ex-presidente disseram ainda que todos os itens passarão por uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). Por fim, a defesa reiterou que todos os presentes recebidos por Bolsonaro estão disponíveis “para apresentação e depósito, caso necessário”. A manifestação ocorreu nesta terça-feira, 28, após o jornal O Estado de São Paulo revelar que o ex-mandatário recebeu pessoalmente um estojo contendo um relógio Rolex, abotoaduras, anel, caneta e um rosário islâmico quando esteve em Doha, entre os dias 28 e 30 de outubro de 2019.
O conjunto ficou em sua posse ao fim do mandato, segundo apurou o jornal. Ainda de acordo com a publicação, o ex-presidente teria ordenado que o conjunto fosse depositado em um acervo privado. O Estadão afirmou, ainda, que existem documentos comprovando a determinação. Em seguida, as joias foram encaminhas ao gabinete da Presidência. Na semana passada, Bolsonaro devolveu joias e armas que ganhou de presente da Arábia Saudita, após o TCU determinar que o ex-chefe do Executivo Federal não poderia ficar com os itens. Um outro conjunto, avaliado em R$ 16,5 milhões, foi retido pela Receita Federal. O segundo lote seria um presente para a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Ainda de acordo com a reportagem de O Estado de S. Paulo, a Polícia Federal (PF) vê indícios de peculato. O crime ocorre quando um funcionário público se utiliza do cargo para adquirir um bem que deveria ser público. A pena para a prática é dois a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa.
Fonte: Jovem Pan News
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