A Europol, agência de inteligência policial da União Europeia, apresentou um relatório técnico alertando para o avanço exponencial de chatbots, especialmente o ChatGPT. De acordo com pesquisa das autoridades, há três áreas principais dentro do campo digital que esse tipo de inteligência artificial possivelmente irá impulsionar, e não de forma positiva. São eles:
“Como as capacidades dos LLMs (modelos de linguagem grande), como o ChatGPT, estão sendo ativamente aprimoradas, a exploração potencial desses tipos de sistemas de IA por criminosos fornece uma perspectiva sombria”, disse a Europol ao apresentar seu primeiro relatório técnico voltado para o tema.
Segundo a agência, os problemas vão desde questões legais a éticas. A capacidade de representar uma pessoa real é uma oportunidade e tanto para atingir vítimas, seja criando conteúdo phishing ou elaborando textos autênticos em massa com objetivo de propaganda e até desinformação — um problema que muitos países já enfrentam junto às redes sociais.
“Ele [o chatbot] permite que os usuários gerem e espalhem mensagens que refletem uma narrativa específica com relativamente pouco esforço.” Criminosos com pouco conhecimento técnico podem recorrer ao ChatGPT para produzir códigos maliciosos, destacou a Europol.
Lançado em dezembro de 2022, o ChatGPT, alimentado pela OpenAI e apoiado pela Microsoft, se tornou um grande fenômeno mundial, dando a largada para uma corrida global no que diz respeito a tecnologia de IA generativa. Após a chegada da plataforma, empresas como Google, Baidu e até a própria Microsoft, incorporaram o recurso em seus produtos ou lançaram versões semelhantes — a Baidu, por exemplo, anunciou o Ernie Bot (saiba mais aqui).
Com um sistema de perguntas e respostas, o ChatGPT (e chatbots) são programados para “pensar” e responder questões complexas e pesquisas da forma mais natural possível, quase como um humano. A ferramenta também tem se mostrado uma opção para a criação de conteúdo — o LinkedIn mesmo integrou a IA em sua plataforma para ajudar usuários a criar e otimizar perfis. Entenda aqui!
Via Reuters
Fonte: Olhar Digital
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