O Brasil atingiu a triste marca de 700 mil mortes por Covid-19, três anos após a primeira morte pela doença no país. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) revelou nesta terça-feira, 28 de março, que o país alcançou o acumulado de 700.239 mortes pela doença, atingindo a marca nas últimas 24 horas.
Apesar da desaceleração da pandemia, devido ao avanço na vacinação, o país ainda enfrenta desafios como a baixa cobertura vacinal contra a Covid-19 em algumas faixas etárias, como crianças menores de cinco anos.
O marco de 700 mil mortes é acompanhado por uma mudança no perfil da mortalidade pela doença em comparação a outros períodos, com maior proporção de óbitos em pessoas acima de 80 anos e imunossuprimidas, por exemplo.
O levantamento do InfoGripe, sistema da Fiocruz que acompanha registros de síndromes respiratórias graves, incluindo a Covid-19, também aponta mortalidade até três vezes maior por Covid-19 em pessoas não vacinadas em comparação àquelas que receberam doses.
Da primeira morte por Covid-19 no Brasil, em março de 2020, até o registro de 100 mil mortes pela doença, em agosto de 2020, passaram-se quase cinco meses. Os demais registros – de 200 mil, 300 mil, 400 mil, 500 mil, até 600 mil mortes – ocorreram todos em 2021, sendo dois deles com intervalos de pouco mais de um mês. Desta vez, o país levou mais de um ano e cinco meses para atingir a marca de 700 mil mortes.
Os dados consolidam o Brasil como o segundo país em óbitos acumulados pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos.
Apesar dos desafios persistentes, a vacinação vem avançando desde o segundo semestre de 2021 e já traz mudanças no perfil de mortalidade pela doença. A maior proporção de óbitos é registrada em pessoas acima de 80 anos (43%), seguida pela faixa de 60 a 79 anos (42%), enquanto a de 49 a 59 anos responde por 9%.
A baixa cobertura vacinal em crianças menores de cinco anos é um dos principais desafios atuais no enfrentamento da pandemia. Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 48% das crianças de até 11 anos receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, e apenas 33% tomaram a segunda.
Fonte: Olhar Digital
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