Assim como uma cebola, o planeta Terra é dividido e estruturado em várias camadas. A mais externa é a crosta, que inclui a superfície em que pisamos. Mais abaixo, vem o manto, essencialmente uma rocha sólida. Um pouco mais profundo, está o núcleo externo, que é feito de ferro líquido. Por fim, vem o núcleo interno, feito de ferro sólido, e com um raio que é 70% do tamanho da Lua.
Com cerca de 30 km de espessura, a crosta é a mais fina dessas camadas. Ela começa na superfície, que é coberta por materiais diversos, como areia, grama e pavimento, por exemplo.
As vibrações sísmicas revelam que abaixo disso existem rochas dos mais variados tamanhos cobrindo a camada seguinte, chamada de manto. A parte superior do manto acompanha o movimento da crosta. Juntos, eles são chamados de litosfera, uma camada que tem cerca de 100 km de espessura em média, embora possa ser mais encorpada em alguns pontos.
Ela é dividida em vários grandes blocos chamados placas, que são como peças de quebra-cabeça que se encaixam aproximadamente juntas e não são estáticas – elas se deslocam. Às vezes, por uma mínima fração de centímetros ao longo de um período de anos. Outras vezes, os movimentos são maiores e mais repentinos, podendo desencadear terremotos e erupções vulcânicas.
Além disso, conforme o artigo de Huang, o movimento das placas é um fator crítico e provavelmente essencial que impulsiona a evolução da vida na Terra, porque as placas em movimento mudam o ambiente e forçam a vida a se adaptar a novas condições.
Shichun Huang, professor associado de Ciências da Terra e Planetárias na Universidade do Tennessee, nos EUA, explica que para haver todo esse movimento, deve haver calor. À medida que se aprofunda na Terra, a temperatura do manto aumenta. Na parte inferior das placas, em cerca de 100 km de profundidade, a temperatura é de cerca de 1.300 graus Celsius.
No limite entre o manto e o núcleo externo, que fica a 2,9 mil km para baixo, a temperatura é de quase 2.700ºC.
Então, na fronteira entre os núcleos externo e interno, a temperatura dobra, chegando a quase perto de 6.000ºC. “Essa parte que é tão quente quanto a superfície do Sol”, revelou Huang. “A essa temperatura, praticamente tudo – metais, diamantes, seres humanos – vaporiza-se em gás. Mas como o núcleo está a uma pressão tão alta nas profundezas do planeta, o ferro de que é composto permanece líquido ou sólido”.
Quais são as partes da crosta terrestre?
De acordo com o site Mundo Educação, a crosta terrestre pode ser dividida de duas formas. A primeira leva em consideração a sua localização, havendo as partes continental e oceânica.
Enquanto a crosta continental é formada pela maior parte das terras emersas do planeta, como os continentes e as ilhas, a oceânica é composta pelas terras imersas do planeta, ou seja, que estão cobertas por fontes de água, como mares e oceanos.
Já a segunda classificação leva em conta a composição da crosta terrestre, dividindo-a em duas camadas de composições mineralógicas distintas: a sima e a sial. Mais interna, a camada sima é formada basicamente por sílica e magnésio. Por sua vez, a sial, camada mais externa, é composta principalmente por silício e alumínio.
Formada por grandes pedaços rochosos, a crosta flutua sobre o manto, logo, movimenta-se mediante as dinâmicas mais internas do planeta, resultantes de processos como o tectonismo e o vulcanismo.
Agentes externos também influenciam na dinâmica e na transformação da parte externa da crosta terrestre. Alguns exemplos são o clima, a vegetação, o vento, a água e os seres vivos.
Fonte: Olhar Digital
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