Na manhã desta terça-feira (28), a Rússia reafirmou seu status de superpotência atômica ao conduzir um raro teste com dois mísseis com capacidade nuclear no mar do Japão.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o teste ocorreu em águas russas, perto de Vladivostok, a base da Frota do Pacífico do país.
Foram disparados contra um alvo no mar a cerca de 100 km de distância dois P-270 Moskit, um tipo de míssil antinavio de 4,5 toneladas que pode carregar uma ogiva nuclear.
Flares 🔥in #EastAsia revitalised.
After #NorthKorean missile tests, #Russia‘s #Pacific fleet fired medium range #Moskit supersonic #cruise missiles at a mock enemy sea target in the Sea of #Japan travelled ~100 kms. P-270 Moskit missile (#NATO: SS-N-22 Sunburn) ranged 120 kms. pic.twitter.com/JoabExTDex— Shashank S. Patel (@ShashankSPatel_) March 28, 2023
Os mísseis Moskit são armas antinavio de grande porte com capacidade de atingir até 3,7 mil km/h. Eles foram usados pela primeira vez em 1984, pela União Soviética, sendo exportados para a China e o Egito.
Se um míssil desses estiver munido com uma ogiva nuclear, a arma consegue destruir um grupo de embarcações.
“Como a invasão da Rússia da Ucrânia continua, as forças russas também estão mais ativas no Extremo Oriente, incluindo a vizinhança do Japão”, afirmou o chanceler japonês Yoshimasa Hayashi, que condenou o posicionamento das armas russas em Belarus (antes chamada de Bielorrússia).
Já Aleksandr Lukachenko, presidente de Belarus, defendeu a medida, dizendo que ela foi provocada por “ações agressivas” da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).
Também nesta terça, a Coreia do Norte, ditadura comunista que é apoiada pela Rússia e pela China, apesar de desavenças ocasionais, anunciou ter desenvolvido uma nova classe de pequenas armas nucleares.
A revelação foi feita durante uma visita do ditador Kim Jong-un ao Instituto de Armas Nucleares, onde ele inspecionava o que seriam as ogivas Hswasan-31 de dimensão suficiente para ser colocada em um míssil intercontinental. Seus modelos podem atingir os territórios americanos no Pacífico e parte da costa oeste dos EUA.
Ao mesmo tempo dessa divulgação, um porta-aviões americano chegou à Coreia do Sul – um dos aliados dos EUA mais preocupados com a crescente agressividade de Kim. O navio vai participar dos exercícios militares entre Washington e Seul.
Existem quase 30 mil soldados norte-americanos posicionados na Coreia do Sul e cerca de 50 mil no Japão.
Fonte: Olhar Digital
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