Na manhã desta terça-feira (28), a Rússia reafirmou seu status de superpotência atômica ao conduzir um raro teste com dois mísseis com capacidade nuclear no mar do Japão.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o teste ocorreu em águas russas, perto de Vladivostok, a base da Frota do Pacífico do país. 

Foram disparados contra um alvo no mar a cerca de 100 km de distância dois P-270 Moskit, um tipo de míssil antinavio de 4,5 toneladas que pode carregar uma ogiva nuclear.

Os mísseis Moskit são armas antinavio de grande porte com capacidade de atingir até 3,7 mil km/h. Eles foram usados pela primeira vez em 1984, pela União Soviética, sendo exportados para a China e o Egito.

Se um míssil desses estiver munido com uma ogiva nuclear, a arma consegue destruir um grupo de embarcações.

“Como a invasão da Rússia da Ucrânia continua, as forças russas também estão mais ativas no Extremo Oriente, incluindo a vizinhança do Japão”, afirmou o chanceler japonês Yoshimasa Hayashi, que condenou o posicionamento das armas russas em Belarus (antes chamada de Bielorrússia). 

Já Aleksandr Lukachenko, presidente de Belarus, defendeu a medida, dizendo que ela foi provocada por “ações agressivas” da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan).  

Também nesta terça, a Coreia do Norte, ditadura comunista que é apoiada pela Rússia e pela China, apesar de desavenças ocasionais, anunciou ter desenvolvido uma nova classe de pequenas armas nucleares.

A revelação foi feita durante uma visita do ditador Kim Jong-un ao Instituto de Armas Nucleares, onde ele inspecionava o que seriam as ogivas Hswasan-31 de dimensão suficiente para ser colocada em um míssil intercontinental. Seus modelos podem atingir os territórios americanos no Pacífico e parte da costa oeste dos EUA.

Ao mesmo tempo dessa divulgação, um porta-aviões americano chegou à Coreia do Sul – um dos aliados dos EUA mais preocupados com a crescente agressividade de Kim. O navio vai participar dos exercícios militares entre Washington e Seul. 

Existem quase 30 mil soldados norte-americanos posicionados na Coreia do Sul e cerca de 50 mil no Japão.