Um estudo que envolveu mais de um milhão de mulheres relatou que a tomossínese é o exame mais eficaz para diagnosticar câncer de mama. Ele funciona como uma espécie de mamografia 3D, com tecnologia avançada quando comparado ao método tradicional.

Com essa tecnologia, é possível acessar parcelas da região da mama, proporcionando avaliação mais precisa e detalhada sobre a região. A visualização tridimensional fornece imagens de 1 mm de espessura – como espécie de tomografia computadorizada.

Além de aumentarmos o número de casos diagnosticados entre 20% e 25%, reduzimos os complementos de imagem. Com isso, a carga de radiação levemente maior da tomossíntese termina sendo menor do que quando é preciso fazer exames complementares para avaliar melhor as imagens da mamografia digital em 2D. A não aprovação pelos planos de saúde e implementação no serviço público tem a ver com o custo do equipamento, que fica de 30% a 40% acima do tradicional, mas também com a necessidade de treinamento de mão de obra. Os próprios mastologistas devem se aprimorar para interpretar as imagens.

 Augusto Rocha, ginecologista e mastologista

Para chegar à conclusão sobre a tomossíntese, os envolvidos no projeto reuniram informações de cinco sistemas de saúde dos EUA que se realizaram a mamografia ou a tomossíntese entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020, com pacientes entre 40 e 79 anos. A tomossíntese descobriu o câncer em 5,3 casos a cada mil, enquanto a mamografia registrou 4,5 em mil.

Os registros de falso positivo também foram menores na tomossínese e também descartaram a necessidade de exames adicionais para o diagnóstico final – acrescentando pontos positivos quanto à eficácia desse método.

O estudo foi muito amplo, porque a maioria fez pelo menos dois exames nesse período, ou seja, é um total de mais de dois milhões de imagens.

Emily Conant, médica e professora da University of Pennsylvania e coautora da pesquisa

No Brasil, esse método avançado ainda é restrito a alguns centros de diagnósticos, clínicas e hospitais particulares e especializados. Ele deve custar entre R$ 600 e R$ 800 e não é coberto pela maior parte dos planos de saúde.

Com informações de g1

Imagem destacada: IMEB

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