O saguão de entrada do Memorial Apolônio de Carvalho tem um cantinho reservado para a nostalgia. A Biblioteca Isaías Paim está com exposição dos livros da coleção Vaga-Lume, que completa 50 anos em 2023.
Cinco décadas atrás, nascia a coleção que fez o público infanto-juvenil descobrir o amor pela leitura. Em 1973, a Editora Ática lançava o primeiro livro que faria parte da Vaga-Lume, “A Ilha Perdida”, escrito por Maria José Dupré, que logo se tornou um clássico.
Coordenador da Biblioteca Isaías Paim, Aparecido Toledo Melchiades fez questão de deixar a série exposta até porque quem é que não se recorda da capa tão característica da Vaga-Lume?
“As pessoas vão passando e olhando, porque a capa é nostálgica e ela atrai. Com a exposição estamos fazendo esse resgate de lembrar de quando líamos a Vaga-Lume, e isso nos faz voltar a ler. Um livro puxa outro, você leva um pra ler, fica empolgado, e se pergunta: ‘será que tem um livro parecido com este no estilo?’ Uma coisa puxa a outra”, descreve.
E foi exatamente assim que a leitura conquistou o jornalista Lucas Arruda. Além das histórias, ao falar da série é a imagem da capa de “O Escaravelho do diabo” que lhe vem logo à memória.
“Me marcou muito, foi o primeiro livro que li na vida, aos 9 aninhos. A partir daí me encantei por romances policiais, estilo literário que gosto até hoje. Li vários da coleção Vaga-Lume, depois continuei no romance policial indo para Agatha Christie, que é uma das minhas autoras preferidas até hoje, mas tudo começou com O Escaravelho do Diabo”, descreve Lucas.
A coleção
A coleção é composta por 93 livros, 71 deles fazem parte da série Vaga-lume, e outros 22 são da Vaga-Lume Júnior. Escrita por autores conhecidos de outros gêneros, a série se tornou material de apoio paradidático de escolas em todo o País, e chegou a ter obras sendo adaptadas para novelas.
A Biblioteca Isaías Paim conta com 21 exemplares da coleção Vaga-Lume. Para empréstimo de livros, basta se cadastrar apresentando documento pessoal e comprovante de residência.
Veja a lista:
- A Ilha Perdida (Maria José Dupré) – 1973;
- Cabra das Rocas (Homero Homem) – 1973;
- O Escaravelho do Diabo (Lúcia Machado de Almeida) – 1974;
- O Caso da Borboleta Atíria (Lúcia Machado de Almeida) – 1975;
- Spharion (Lúcia Machado de Almeida) – 1979;
- Aventuras de Xisto (Lúcia Machado de Almeida) – 1982;
- Tonico e Carniça (Francisco de Assis Almeida Brasil e José Rezende Filho) – 1982;
- Um Cadáver Ouve Rádio (Marcos Rey) – 1983;
- O Mistério dos Morros Dourados (Francisco Marins) – 1985;
- Açúcar Amargo (Luiz Puntel) – 1986;
- Meninos sem Pátria (Luiz Puntel) – 1988;
- A Vida Secreta de Jonas (Luiz Galdino) – 1989;
- Um Leão em Família (Luiz Puntel) – 1990;
- A Maldição do Tesouro do Faraó (Sérsi Bardari) – 1991;
- A Árvore que Dava Dinheiro (Domingos Pellegrini) – 1991;
- O Jogo do Camaleão (Marçal Aquino) – 1992;
- A Aldeia Sagrada (Francisco Marins) – 1993;
- O Primeiro Amor e Outros Perigos (Marçal Aquino) – 1996;
- O Menino Que Adivinhava (Marcos Rey) – 2000
- O Pinguim Que Não Veio do Frio (Wagner D’Ávila e Maga D’Ávila) – 2002
- Crescer é uma Aventura (Rosana Bond) – 2002
A Biblioteca Isaías Paim fica no Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 17h30, e aos sábados das 8h às 14h. O telefone de contato é o 3316-9161.
Texto: Paula Maciulevicius, Setescc
Fotos: Divulgação/Setescc
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