O Campeonato Brasileiro Feminino ultrapassou uma década de existência e, durante esse período, diversas jogadoras ao redor do mundo passaram pelo Brasil. Nenhuma delas, porém, com a mesma longevidade da paraguaia Verónica Riveros.
Atualmente jogadora do Avaí/Kindermann, ela chegou ao Brasil em 2013 e, recentemente, atingiu uma marca histórica pela competição – a zagueira é a primeira estrangeira a completar a marca centenária de jogos no Brasileirão.
“Primeiramente não imaginava ter chegado aos 100 jogos. Fiquei emocionada, feliz ao ver a postagem. Quando aceitei o desafio de sair de casa em busca dos meus sonhos, sabia que não seria fácil, um país onde reina o futebol, onde se respira futebol. Mas eu quis esse desafio e vim atrás de fazer meu nome e de alguma maneira deixar um legado na história do futebol paraguaio”, declarou Verónica em entrevista exclusiva a oGol.
Há uma década no futebol brasileiro, Verónica Riveros defendeu o Foz Cataratas, o Napoli, de Santa Catarina, o São José e faz sua segunda passagem no Avaí. Ela repassou a trajetória pelo país e citou o lado bom e também as dificuldades que enfrentou.
“Cheguei em 2013, no clube Foz Cataratas. Fiquei no clube seis anos, aprendi muito, passei momentos ruins e bons, me formei em educação física. Queria cada vez mais fazer uma história e aprender muito mais”.
“Passei momentos de frustrações com alguns clubes, como rebaixamentos que para nós atletas é muito difícil, mas também passei momentos bons. O futebol me proporcionou pessoas que me ajudaram, amizades que vou levar pra sempre e, claro, o aprendizado de cada clube e profissionais com quem tive o prazer de trabalhar”, relembrou a jogadora paraguaia.
O ano de 2023 é importante para o futebol feminino, com a Copa do Mundo em realização conjunta entre a Austrália e a Nova Zelândia. Verónica Riveros foi titular no jogo que valia a classificação para a seleção paraguaia. A frustração pela derrota diante do Panamá ainda está presente na vida da jogadora.
“Bom, essa parte da minha vida e da minha carreira ainda está sendo difícil e triste de superar. Praticamente era minha última chance de participar de uma Copa, que era um sonho e acredito ser o sonho de toda atleta, estar defendendo seu país, sua bandeira. Infelizmente não deu para o Paraguai, mas acredito muito que a nova geração que está vindo consiga esse sonho de todo um país e do futebol feminino do Paraguai”, projetou Verónica.
Atualmente com 35 anos, a zagueira ainda se mostrou aberta a possibilidade de seguir em busca do sonho de disputar uma Copa.
“Toda atleta sempre vai estar (disponível) e querer defender sua seleção. Eu sempre trabalhei para que quando chegasse uma oportunidade eu estivesse pronta para dar o meu melhor, para ajudar e contribuir com a seleção. A cabeça e o coração sempre vão querer (continuar a defender o Paraguai)”, finalizou Verónica Riveros.
Fonte: Ogol
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