Encontrada pela primeira vez por garimpeiros, nos anos de 1860, a gympie-gympie é uma planta que prospera em ambientes tropicais. Nativa da Austrália, ela é aparentemente inofensiva – mas, curiosamente, recebe nomes suspeitos, como “ferrão do mato” e até “planta do suicídio”.
Ao saber o que aconteceu com uma australiana chamada Naomi Lewis, de 42 anos, é possível se ter uma ideia do porquê disso.
Segundo uma reportagem do jornal ABC News, no ano passado, enquanto estava pedalando em uma trilha na cidade de Cairns, no estado de Queensland, ela caiu em um barranco e encostou em uma árvore da espécie Dendrocnide moroides – a famosa gympie-gympie.
Foi o início de um pesadelo que durou nove meses, período durante o qual Lewis teve constantes episódios de vômito e sentiu as piores dores que já teve na vida, provocadas pelo veneno da planta. Até hoje, após um longo período de tratamento que envolveu internação, doses de analgésicos e compressas térmicas, ainda dói.
A dor era tão grande que comecei a vomitar. Lembro-me de pensar que estava completamente destruída. Foi muito, muito horrível. Tive quatro filhos, três partos cesáreas e um natural. Nenhum deles chega nem perto.
Naomi Lewis, picada pela “planta do suicídio”, em declaração ao ABC News
Várias vítimas da árvore urticante australiana não aguentaram o sofrimento e cometeram suicídio. Isso porque as dores causadas pela planta podem durar anos, não havendo, até o momento, cura conhecida.
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O que fazer ao ser picado
Relatos dizem que só de ficar perto da planta já é possível que o indivíduo comece a se sentir mal, pois os micropelos das folhas são soltos constantemente no ar para protegê-la de outras espécies. Como a gympie gympie disputa o pouco espaço de sol nas florestas australianas com outras plantas, ela não gosta de ter nenhum ser muito próximo.
Resistente à morfina, a picada da gympie-gympie não tem um tratamento extremamente eficaz. Especialistas ainda não descobriram a cura para a dor decorrente do contato com a planta.
O que se recomenda é não esfregar ou encostar na área afetada, uma vez que o atrito pode fazer com que os pelos se quebrem, dificultando ainda mais a remoção. A picada é tratada com ácido clorídrico diluído, que neutraliza o revestimento peptídico dos pelos para que eles sejam retirados com o auxílio de cera quente, em um processo semelhante a uma depilação.
Fonte: Olhar Digital
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