Uma das maiores ambições da NASA para 2023, segundo revelado no início do ano pelo administrador-chefe da agência, Bill Nelson, é o retorno da missão OSIRIS-REx, em setembro.
Sigla em inglês para algo como Explorador de Origens, Interpretação Espectral, Identificação de Recursos e Segurança de Regolitos, a OSIRIS-REx é uma missão com o objetivo principal de adquirir uma amostra do asteroide Bennu e trazê-la à Terra para análise.
Bennu é um corpo com forma aproximada de diamante com meio quilômetro de diâmetro, que tem quatro características interessantes:
Lançada em 2016, a espaçonave passou dois anos nas proximidades da rocha espacial, observando seu tamanho, forma, massa e composição e monitorando sua trajetória orbital ao redor do Sol.
A sonda está retornando rapidamente ao nosso planeta com até um quilograma de amostras preciosas do asteroide armazenadas a bordo. Se tudo correr bem, a cápsula cairá de paraquedas em um pouso suave no deserto de Utah, nos EUA, em 24 de setembro, um domingo, às 11h54 (pelo horário de Brasília).
Enquanto isso, segundo o site Space.com, com apenas seis meses pela frente, as equipes da NASA vêm ensaiando para praticar a recuperação das amostras retiradas de Bennu e garantir que não haja contaminação por nenhum germe terrestre.
Como será a recuperação das amostras do asteroide Bennu
“Uma vez que a cápsula aterrisse, nossa equipe estará correndo contra o tempo para recuperá-la e levá-la à segurança de uma sala limpa móvel”, disse Mike Moreau, vice-gerente de projeto do Centro Espacial Goddard, da NASA, em um comunicado de imprensa.
Para proteger o material do contato com qualquer microinvasor terrestre, a agência está tomando medidas extensivas e certificando-se de que suas equipes estejam preparadas com bastante antecedência.
No decorrer dos próximos seis meses, funcionários da NASA e da Lockheed Martin (empresa que projetou e construiu a espaçonave) vão executar procedimentos passo a passo para recuperar e transportar a OSIRIS-REx de uma área de pouso de 59 por 15 quilômetros dentro de uma propriedade do Departamento de Defesa no deserto de Utah para o Centro Espacial Johnson (JSC), em Houston.
Após o desembarque, a cápsula de retorno será transportada para uma sala limpa móvel, onde os técnicos vão desembalar o escudo térmico e a proteção externa da nave para revelar o recipiente selado do material de Bennu.
“Essas ações são o resultado direto do extenso treinamento e ensaios que realizamos a cada passo do caminho. Estamos trazendo esse nível de disciplina e dedicação para esta fase final das operações de voo”, disse o investigador principal da OSIRIS-REx, Dante Lauretta.
Uma vez que o material estiver desembalado, uma parcela dele (250 g) será designada para os pesquisadores da missão. O restante, segundo a NASA, será reservado para “outros cientistas estudarem, agora e nas gerações futuras”.
Fonte: Olhar Digital
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