Países tem proibido o uso do TikTok em celulares dos seus respectivos governos por conta de preocupações relacionadas a segurança e privacidade. Para esses países, aplicativos da China (como é o caso do TikTok), Rússia e Coreia do Norte apresentam “risco elevado de espionagem”.
O CEO da rede social, Shou Zi Chew, já até passou por sabatina nos EUA. Chew depôs ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara para evitar a proibição da rede social no país. A seguir, o Olhar Digital te mostra o contexto dessa espécie de movimento de proibição do TikTok.
Por que países baniram o TikTok?
Por preocupações relacionadas à segurança, privacidade e “risco de espionagem” em celulares vinculados aos seus governos. Por exemplo, o Ministério do Interior da Holanda emitiu uma nota em que desencoraja o uso de aplicativos de “países com programa cibernético agressivo direcionado aos interesses holandeses ou holandeses” em telefones distribuídos pelo governo.
Na Noruega, o ministro da Justiça também recomendou que funcionários do governo se abstenham de usar o TikTok em seus dispositivos de trabalho. Já na França, o governo proibiu instalação e uso de aplicativos “recreativos” (TikTok, Netflix e Instagram) nos aparelhos para “garantir a segurança cibernética”, segundo o ministro francês do Serviço Público, Stanislas Guerini.
Os aplicativos recreativos não apresentam níveis suficientes de segurança cibernética e proteção de dados para serem implantados em equipamentos de administração. Esses pedidos podem, portanto, constituir um risco para a proteção de dados dessas administrações e seus funcionários públicos.
Comunicado do governo da França
Nessa onda de preocupações, legisladores dos EUA, Canadá, Dinamarca e União Europeia também emitiram ordens proibindo o uso do TikTok. Especialistas temem que informações confidenciais possam ser expostas quando o aplicativo é baixado, especialmente em dispositivos governamentais.
TikTok rouba dados pessoais?
Não, segundo a Bytedance, empresa chinesa dona do aplicativo. Desde que essa desconfiança generalizada começou, a empresa sustenta que não compartilha dados dos usuários com o governo da China e que a rede social é independente.
Além disso, o TikTok contesta as acusações de que coleta mais dados do usuário do que outras redes sociais. A empresa argumenta que coleta menos dados do que plataformas como Facebook ou Google porque não rastreia atividade do usuário entre dispositivos.
Entre as informações coletadas pela rede social (algumas mediante permissão do usuário), estão:
Sobre as proibições, a rede social as taxou de “desinformação básica” e acrescentou que foram decididas sem “deliberação ou evidência”.
O que tem de ruim no TikTok?
Para os outros países, é a possibilidade do aplicativo compartilhar – ou ser forçado a compartilhar – com o governo chinês os dados coletados pela sua plataforma. Mas a empresa negou, resolutamente, compartilhar seus dados dessa maneira.
Porém, o TikTok já enfrentou percalços relacionados à segurança. Por exemplo, a Apple identificou, em 2020, um problema no iOS 14 em que certos aplicativos poderiam acessar secretamente a área de trabalho no dispositivo de um usuário. E um desses aplicativos era o TikTok.
Na época, a rede social se defendeu dizendo que o problema ocorreu devido um filtro antispam. Ele identificou usuários copiando o mesmo comentário para várias contas diferentes no mesmo dispositivo. Por fim, o TikTok reconheceu o problema e removeu o recurso.
Com informações de Euronews e Kapersky
Imagem de destaque: Omar Marques / SIOA / Zuma
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Fonte: Olhar Digital
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