Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Próxima pandemia? Gripe aviária preocupa comunidade médica global

China confirma primeiro contágio de nova cepa da gripe aviária no mundo

Pessoas com equipamento de proteção carregando uma gaiola com aves mortas
Imagem: Shutterstock

O influenza H5N1, vírus causador da gripe aviária, voltou a ser destaque nas manchetes de todo o mundo nas últimas semanas. O vírus é altamente contagioso e preocupa a comunidade médica e científica. No pior dos casos, acredita-se que o influenza H5N1 pode causar a próxima pandemia.

Desde outubro de 2021, foram registrados mais de 42 milhões de casos de infecção por H5N1 em aves, e estima-se que mais de 15 milhões de aves domésticas tenham morrido. O surto atual de gripe aviária é o pior já registrado desde que o vírus foi identificado pela primeira vez em 1996.

Gripe aviária se espalha por aves e mamíferos em diversos países

O vírus está afetando aves e mamíferos em todo o mundo, inclusive em fazendas na Espanha, granjas nos EUA, leões-marinhos no Peru, entre outros. As condições do organismo de seres humanos são bem mais próximas a de outros mamíferos do que das aves, e esse patógeno está passando por transformações em seu material genético que podem facilitar a transmissão entre outras espécies.

Por exemplo, o Chile registrou em março seu primeiro caso de gripe aviária causada pelo vírus influenza A (H5N1) em humanos. O paciente é um homem de 53 anos, em estado grave, mas estável, de acordo com o Ministério da Saúde chileno.

Pessoas com equipamento de proteção carregando uma gaiola com aves mortas
Imagem: Shutterstock

Até o momento, não foi registrada nenhuma cadeia de transmissão direta desse influenza de uma pessoa para outra. Agências de saúde e pesquisadores do mundo inteiro aumentaram o nível de alerta sobre esse tipo de influenza e estão se preparando para lidar com eventual crise provocada pelo vírus influenza.

O remédio antiviral contra o H5N1 é eficaz, e as vacinas contra este influenza já estão em desenvolvimento. É importante notificar as autoridades ao ver aves mortas e não tocá-las. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação mantém a Rede Previr, que avalia a presença de patógenos em várias reservas naturais do país.

O Ministério da Agricultura e Pecuária realiza análises constantes nas granjas. O Brasil é um dos maiores exportadores de frango no mundo e se o H5N1 chegar ao país e afetar os produtores locais, isso representaria um grande problema à economia.

Ministério da Saúde se posiciona sobre risco

Diante do risco, o Olhar Digital buscou um posicionamento do Ministério da Saúde e nos foi enviado a seguinte nota pelo governo federal:

O Ministério da Saúde realiza a vigilância das síndromes gripais por diversos vírus de importância em saúde pública, incluindo o vírus influenza. Essa vigilância é realizada principalmente pela rede sentinela de síndrome gripal e pela vigilância da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que tem como objetivo principal captar os casos e conhecer os vírus circulantes no país.

Até o momento, do que já observado, o vírus da influenza aviária A (H5N1) não infecta humanos com facilidade e, quando ocorre, geralmente a transmissão de pessoa a pessoa não é sustentada.
Na região das Américas, desde 2022, dois casos de influenza aviária em humanos foram notificados: um nos Estados Unidos e um no Equador. Ambos foram casos leves em que se identificou a transmissão da ave para os humanos.

No Brasil, até o momento, não há registrados de circulação de influenza aviária A H5N1 em animais ou em humanos.

A pasta orienta os profissionais de saúde para caso o serviço veterinário oficial identifique casos prováveis ou confirmados de influenza aviária em aves, que os serviços de vigilância e monitoramento sejam notificados imediatamente.

Nota do Ministério da Saúde enviada ao Olhar Digital

Com informações: BBC Brasil

Fonte: Olhar Digital

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