Neste domingo (02), moradores de Paris votaram pela proibição do aluguel de patinetes elétricos (e-scooters). 89,03% dos participantes optaram pelo fim desse serviço na capital.
O aluguel de e-scooters, lançado em 2018 na cidade, foi um serviço bem recebido pela população, que passou a usar os veículos com frequência nas ruas de Paris.
A popularização dos patinetes, porém, levou a uma série de acidentes. Em 2022, foram registradas ao menos 27 mortes em toda a França. Com isso, a cidade precisou impor regras — como o limite de velocidade de 10 km/h em algumas regiões e multas por não utilizar o estacionamento exclusivo.
Plebiscito questionado
7,46% dos moradores da cidade compareceram à votação, ou seja, cerca de 103 mil pessoas. Segundo a Agence France-Presse, os operadores de patinetes de aluguel pediram que a prefeitura organizasse uma votação eletrônica para facilitar a participação dos jovens no plebiscito, o que não aconteceu. A gestão da cidade optou pelo voto presencial.
O jornal Le Parisien trouxe a informação de que 800 trabalhadores serão impactados. Eles são funcionários das três operadoras de micromobilidade de Paris: Lime, Dott e Tier.
Além disso, segundo a rádio BFM, 400 mil clientes serão penalizados com a proibição desses veículos. O uso privado, apesar de possível, é caro: cada patinete elétrico custa de 300 a 400 euros.
Em uma entrevista ao canal de televisão nacional France 2, em janeiro, a prefeita de Paris disse que não considera o uso dos patinetes como uma opção ecológica.
Eles honestamente não são muito ecológicos — eles são danificados e são deixados em qualquer lugar. Não podemos contê-los em espaços públicos e eles estão causando problemas de segurança nas estradas, especialmente para pessoas idosas e deficientes.
Anne Hidalgo.
Com informações de France 24, Rádio França Internacional e Engadget.
Imagem destaque: r.classen/ Shutterstock
Fonte: Olhar Digital
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