O vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, usou o Instagram no domingo (2) para dar sua opinião sobre a recente proibição do ChatGPT na Itália. Segundo o político, a decisão da Autoridade de Proteção de Dados (GPDP) do governo italiano é “desproporcional”. 

O que aconteceu? 

Em suma, a principal acusação da GPDP é que o ChatGPT não tem uma justificativa legal para o recolhimento e armazenamento de dados pessoais. Outro ponto diz que a OpenAI não verifica a idade dos usuários. Para o órgão, o aplicativo deveria ser reservado para pessoas com 13 anos ou mais. 

A ação da agência, que é independente do governo, fez da Itália o primeiro país ocidental a agir contra um chatbot movido a inteligência artificial. 

“Acho desproporcional a decisão do Privacy Guarantor [Garantidor da Privacidade] que obrigou o ChatGPT a impedir o acesso da Itália, o primeiro e único país ocidental onde isso acontece”, disse o ministro. 

“Toda revolução tecnológica envolve grandes mudanças, riscos e oportunidades, é certo controlar e regular através de uma colaboração internacional entre reguladores e legisladores, mas não pode ser bloqueada, impedindo e prejudicando o trabalho de quem faz negócios, pesquisa e inovação.” 

Salvini, que também atua como ministro dos Transportes, acrescentou ainda que a medida do regulador foi “hipócrita” e que o bom senso é necessário, pois “as questões de privacidade dizem respeito a praticamente todos os serviços online”. 

ChatGPT em risco? 

A decisão do órgão italiano acontece no momento que o Instituto Future of Life publicou uma carta assinada por diversas figuras importantes da tecnologia, como Elon Musk, pedindo uma pausa no desenvolvimento de sistemas de inteligência artificial tão poderosos quanto o ChatGPT e sua mais nova versão, o GPT-4. 

A carta chega após a Europol (Agência de Inteligência da União Europeia) alertar sobre o uso criminoso do chatbot da OpenAI. Entenda o caso aqui

Via Reuters