O início de temporada para o Flamengo (e de trabalho para Vítor Pereira) não foi fácil. A decepção na Supercopa, seguida das quedas no Mundial de Clubes e Recopa levantaram diversos questionamentos sobre a escolha pelo técnico português. Agora, aos poucos, o Flamengo vai encontrando as respostas que precisava em um momento chave, de decisão no estadual e de estreia na Copa Libertadores. A caminhada pelo sonho do bi começa nesta quarta-feira (5), contra o Aucas, às 19h.
O primeiro desafio do Rubro-Negro nesta Libertadores é fora de casa, em Quito, onde já esteve neste ano e perdeu para o Independiente del Valle, no primeiro jogo da final da Recopa. O Aucas, apesar de parecer um adversário mais modesto, chegou nesta Liberta como campeão equatoriano, deixando para trás justamente o del Valle em 2º no último torneio nacional. Um dos principais destaques daquela campanha, porém, já saiu do clube: o argentino Francisco Fydriszewski foi artilheiro do último Campeonato Equatoriano e se transferiu para o Barcelona de Guayaquil.
Apesar dessa decepção recente no Equador o Flamengo tem, por outro lado, um amplo retrospecto positivo contra equatorianos. Em números gerais, são 22 encontros, com 15 vitórias, dois empates e cinco derrotas – todas elas, não coincidentemente, aconteceram fora de casa. O Aucas, por sua vez, fará apenas seu terceiro jogo contra um clube brasileiro: os dois primeiros foram em 2021, contra o Athletico Paranaense, e perdeu os dois.
O Flamengo chega para esta estreia na Libertadores em uma série de três vitórias seguidas. Os jogos não foram desafios quaisquer, mas com três triunfos sobre rivais, duas vezes contra o Vasco, e uma contra o Fluminense, todas pelo Campeonato Carioca. O Fla está em vantagem na decisão do estadual, após vencer por 2 a 0 no sábado, e pode até perder por um gol de diferença que Vitor Pereira, enfim, conquistará seu primeiro título em solo brasileiro.
A série vigente de três vitórias pode não parecer muito representativa, mas pode vir a se tornar. Sob o comando de VP, o Fla já venceu três jogos seguidos (Al-Ahly, Volta Redonda e Resende), só que parou aí. Contra o Aucas, chegar na quarta vitória consecutiva seria já ter a melhor série do clube desde meados de agosto do ano passado, quando venceu seis jogos seguidos. Aquele período foi o melhor na direção de Dorival Júnior, com 19 jogos de invencibilidade.
Hoje, o jogo contra o Aucas acaba por ganhar uma relevância maior do que teria. Uma estreia de Libertadores é sempre importante, mas com tanto favoritismo para o lado do Flamengo, que conta com um grupo acessível ao lado de Ñublense (Chile) e Racing (Argentina), a partida em Quito parece ter mais ares de redenção para uma nova fase na temporada. Uma estreia com pé direito na principal competição sul-americana e um título no final de semana não caíriam mal para, depois, entrar na maratona que virá com as estreias nacionais, pela Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Fonte: Ogol
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