Governo de Varsóvia anunciou que entregou para Kiev os oito caças MiG-29 prometidos e enviará outros seis em breve; eles também se mostraram dispostos a ceder todos os de caças de concepção soviética
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zlenksy, iniciou nesta quarta-feira, 5, sua viagem à Polônia, onde no primeiro dia já recebeu o apoio do presidente polonês, Andrzej Duda, para que o país do Lesta Europeu passe a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). “Estamos tentando obter para a Ucrânia garantias adicionais de segurança que reforcem seu potencial militar, que também reforcem o sentimento de segurança do povo ucraniano. Acredito firmemente que poderíamos receber essas garantias para a Ucrânia como uma introdução e, repito, como uma introdução à sua adesão plena à Otan”, disse Duda à imprensa após se encontrar com Zelensky, acrescentando que apoia “firmemente” a candidatura de Kiev à aliança militar transatlântica. A Polônia é um país de escala para autoridades internacionais que viajam de trem à Ucrânia. O governo de Varsóvia anunciou na segunda-feira3, que entregou a Kiev os oito caças MiG-29 prometidos e enviará outros seis em breve. Nesta quarta eles se mostraram dispostos a entregar à Ucrânia toda a frota restante de caças MiG-29 de concepção soviética, quase 30 aeronaves.
Os poloneses também já entregaram 14 veículos de combate Leopard 2A4 à Ucrânia em fevereiro e março, assim como outros equipamentos. Zelensky viajou para a Polônia para agradecer a um dos mais leais aliados de seu país pelo apoio na luta contra a invasão russa. A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 exigindo, entre outras coisas, garantias de que a ex-república soviética nunca entraria na Otan. “Gostaria de dizer aos nossos parceiros, que estão constantemente buscando compromissos em nosso caminho para a Otan, que a Ucrânia será inflexível neste ponto. Agradeço à Polônia por nos acompanhar nesta caminhada”, declarou Zelensky. O ucraniano destacou que, durante a visita, foi definido “um importante programa de ajuda que fortalecerá o nosso povo”.
Ao mesmo tempo que Zelensky viajava para terras amigas, o presidente russo, Vladimir Putin, culpou os países ocidentais pelo conflito na Ucrânia e por estarem envolvidos na preparação de “ataques terroristas” na Rússia. “Não posso deixar de dizer que o apoio dos Estados Unidos […] ao golpe de Estado em Kiev em 2014 acabou levando à atual crise ucraniana”, disse Putin ao receber as credenciais da embaixadora americana em Moscou, Lynne Tracy. O presidente referiu-se à revolução de 2014 que derrubou um governo ucraniano pró-Moscou. Putin também acusou a UE de ter iniciado um “confronto geopolítico” com a Rússia.
*Com Informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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