O Walmart revelou esta semana que espera automatizar processos em cerca de 65% das suas lojas até 2026. A notícia chega justamente após a varejista americana demitir mais de 2 mil funcionários responsáveis pela área de comércio eletrônico.

O anúncio foi confirmado nesta terça-feira (4) em uma reunião com investidores e ocorre em meio ao salto na demanda dos compradores por processamento de pedidos e entregas mais rápidas. 

O investimento na área de automação é visto justamente como uma saída para acelerar a saída de encomendas das instalações de e-commerce do Walmart. 

Mais demissões?

Por enquanto, ainda não ficou claro se a novidade causará mais demissões. Considerada a maior empregadora privada dos EUA, a varejista possui hoje cerca de 1,7 milhões de colaboradores no país e mais 60 mil atuando em outros países.

Segundo o Walmart, a mudança reduziria a necessidade de contratar pessoas para ocupar cargos com salários mais baixos, abrindo espaço para “funções que exigem menos trabalho físico, mas têm uma taxa de pagamento mais alta”, diz o relatório da empresa.

“Com o tempo, a empresa prevê um aumento de produtividade por pessoa, devido à automação, mantendo ou mesmo aumentando seu número de associados à medida que novas funções são criadas”, acrescenta o documento.

Até janeiro de 2026, mais da metade dos pedidos (cerca de 55%) serão processados em instalações automatizadas, informou a empresa, o que também vai contribuir na redução de custos operacionais.

O CEO da varejista, Doug McMillon, disse em teleconferência que está “muito entusiasmado” com as oportunidades na área de automação. O plano do executivo é aumentar os investimentos na tecnologia como parte do orçamento de gastos da empresa, previsto em US$ 15 bilhões para 2023.

Imagem principal: QualityHD/Shutterstock

Com informações da Reuters