A prefeitura de Goiânia (GO) contratou espécie de “fiscal robô” para monitorar e reportar os problemas da cidade. A tecnologia de inteligência artificial integrada em veículo com câmeras custou mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.

O veículo fabricado pela Mapzer consegue identificar mais de 30 situações que precisam de reparo, como bueiros sem tampas, entulhos nas calçadas e falta de sinalização. As câmeras do veículo capturam uma imagem a cada três segundos e compartilham com o órgão responsável via satélite.

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“A secretaria de infraestrutura imediatamente segue aquele local mapeado pela Mapzer para poder fazer o tapa buraco e outros serviços”, afirmou o prefeito da capital goiana, Rogério Cruz.

Se a informação gerada for revertida em ações concretas da prefeitura, e ela conseguir identificar e sanar problemas encontrados, esse sistema passa a ser um investimento. Porém, se for só gerar informação e nada for feito para melhorar a vida das pessoas, infelizmente, é gasto de dinheiro público.

Érika Cristine Kneib, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e pós-doutora em Mobilidade

A aquisição da tecnologia foi feita sem licitação e justificada no contrato como “inexigibilidade”, que se refere ao descarte de concorrência pública por se tratar de serviço exclusivo. A ferramenta foi contratada por R$ 201 mil ao mês, com total anual de R$ 2,4 milhões.

O TCM (Tribunal de Contas do Município) informou, em nota à TV Anhanguera, que não há previsão nem interesse em possível verificação da contratação sem licitação. Além disso, o Tribunal complementou que apenas em casos que envolvam denúncia são apresentados pontos que indiciem irregularidades para iniciar investigações sobre o caso.

Com informações de g1

Imagem destacada: Reprodução/TV Anhanguera