Um novo dispositivo foi criado por pesquisadores de Engenharia Biomédica da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), na Austrália, e da empresa australiana NeoGenix Biosciences para ajudar na fertilização humana. Basicamente, a tecnologia atua em cima de problemas de fertilidade masculina, aumentando as chances de sucesso em tratamentos in vitro.
A ideia da criação é fornecer um processo mais confiável de seleção de esperma microfluídico. Essa etapa é um componente essencial na reprodução assistida e, segundo o professor Majid Warkiani, um dos autores do estudo, é de longe a etapa mais negligenciada em relação à inovação tecnológica.
O dispositivo microfluídico tem a estrutura feita em impressão 3D, sendo biologicamente inspirado. Na seleção, além de replicar o trato reprodutivo feminino, ele replica o processo natural masculino, onde apenas uma pequena porcentagem do total de esperma chega ao óvulo.
Em testes extensivos contra métodos convencionais de seleção de fertilização in vitro, o novo método mostrou uma melhoria de 85% na integridade do DNA e uma redução média de 90% na morte de células espermáticas, conforme explicam os pesquisadores. “O esperma selecionado por nosso método também demonstrou uma melhor recuperação após o congelamento do que os métodos tradicionais”, aponta Warkiani.
Ajudando na fertilização in vitro
As expectativas são de que o dispositivo forneça ajuda para aqueles que lutam contra a infertilidade e reduza o número de ciclos de fertilização in vitro que não dão certo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, aproximadamente, uma em cada seis pessoas no mundo é afetada pela infertilidade.
Na Austrália, onde a pesquisa com o dispositivo está sendo realizada, uma em cada 22 crianças nasce por meio de reprodução assistida. Com uma taxa de falha de 78%, cada ciclo de fertilização in vitro pode ser uma montanha-russa emocional que geralmente não é muito agradável para os casais que buscam por essa solução.
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Imagem: LYagovy/iStock
Fonte: Olhar Digital
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