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Presidente mandou novo recado ao Banco Central e disse que ainda tem outros 1.360 dias no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um balanço nesta segunda-feira, 10, dos primeiros cem dias do seu terceiro mandato à frente da Presidência da República. Em reunião ministerial, o mandatário citou a retomada de programas, como o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, e exaltou: “O Brasil voltou”. “Antes de tudo, o Brasil voltou a ter governo, governo que se espelha no povo e acorda cedo para trabalhar, trabalhar no que deveria ser a razão de todos os governos: cuidar das pessoas. Brasil voltou para cuidar dos brasileiros que mais precisam e que nos últimos anos foram as principais vítimas da ausência de governo, para reconstruir o que foi destruído, o Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome, ao mesmo tempo que prepara terreno, o Brasil voltou a cuidar da saúde, educação, ciência, cultura, habitação e segurança pública”, disse o petista. “Foram cem dias de muito trabalho, quero que saibam que cem dias demorou muito, ainda temos 1360 dias para seguir reconstruindo o país, temos chances e mais chances, cada erro que cometer, vai ter sempre 100 dias para recuperar e fazer as coisas certas”, acrescentou.
Em seu longo discurso, Lula também cobrou ministro a ministro sobre as prioridades e ações para os próximos meses. Para Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, o foco será política pública para combater a violência contra as mulheres e “garantir que não haja impunidade”; para Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, a violência contra as mulheres também será tema, pensando em ações “mais duras” contra feminicídio e agressões; no Meio Ambiente, conseguir atingir a meta do desmatamento zero; na Saúde, a prioridade será garantir médicos especialistas à população; para a Casa Civil e Fazenda, criar um programa para diminuir o número de endividados.
“Quero dizer que até agora tenho muito orgulho do trabalho que foi feito”, assegurou o presidente, que também exaltou ações dos ministros, com recados diretos a Fernando Haddad (PT). Haddad de vez enquanto sei que você ouve algumas críticas, quero elogiar você e a equipe, porque certamente em se tratando de economia, de política tributária, a gente nunca vai ter 100% de solidariedade”, comentou Lula, que também mandou recado ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “Apesar que continuo achando que 13,75 de juros é muito alto, continuo achando que estão brincando com o país, com o povo pobre e com os empresários que querem investir. Só não vê quem não quer”, acrescentou.
Como a Jovem Pan antecipou, os primeiros cem dias do governo Lula 3 foram marcados, sobretudo, por entraves na economia, atrito com o Banco Central (BC) e políticas públicas recicladas. Na área econômica, as incertezas sobre novo arcabouço fiscal, e a falta de definições das políticas, fizeram com que o BC mantivesse a taxa básica de juros em 13,75%. O fato rendeu críticas por parte de Lula, do vice Geraldo Alckmin (PSB), do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e diversos outros ministros de Estado ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, abrindo um capítulo de atritos entre o dirigente e membros do alto escalão do governo. Também nesses cem dias, o Executivo retomou políticas públicas já conhecidas da população, como o “Minha Casa, Minha Vida” e o “Novo Bolsa Família”. Ao mesmo tempo, o Planalto enfrenta desafios no Congresso Nacional para assegurar maioria e garantir a aprovação de pautas essenciais, como as 12 medidas provisórias (MPs) editadas por Lula, a tão aguardada reforma tributária e o novo regime fiscal.
Fonte: Jovem Pan News
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