Como forma de combater os vírus e as bactérias que estão cada vez mais resistentes aos antibióticos, um laboratório em Nova York desenvolveu espécie de droga mutante, que muda de forma e se torna capaz de combater superbactérias e até infecções mortais.

A medicação apresentada pelo Cold Spring Harbor Laboratory (CSHL) é um antibiótico que se modifica reorganizando seus átomos, apresentando mais de um milhão de configurações em sua estrutura química.

No desenvolvimento desse projeto, a equipe liderada pelo professor John E. Moses utilizou o processo molecular desenvolvido pelos cientistas Carolyn Bertozzi, Morten Meldal e Barry Sharpless – esse último vencedor do Prêmio Nobel em 2022.

O laboratório publicou relatório contando as etapas desse estudo. Confira:

Os testes foram feitos em parceria com a Dra. Tatiana Soares da-Costa, da Universidade de Adelaide, na Austrália. Os pesquisadores deram a droga a larvas de mariposa de cera infectadas por VRE – método comum para testar antibióticos. A partir disso, eles descobriram que o antibiótico mutante é muito mais eficaz que a vancomicina na limpeza dessa infecção mortal.

As bactérias não desenvolveram resistência a essa medicação. Com essa conclusão, o professor pontua que essa descoberta pode permitir a criação de infinidade de novas drogas, que poderão ser fundamentais para a sobrevivência humana.

“Se pudermos inventar moléculas que signifiquem a diferença entre a vida e a morte […] essa seria a maior conquista de todos os tempos”, afirmou o professor.

Com informações de Cold Spring Harbor Laboratory

Imagem destacada: Fahroni/Shutterstock