Os carros seminovos são muito procurados por quem deseja adquirir seu automóvel gastando um pouco menos, mas vale a pena comprar um carro cujo documento diz “recuperado”? Independentemente da gravidade do acidente ou possibilidade de reparo, quando veículos passam por conserto, uma desvalorização de até 40% pode ocorrer.
Alguns carros recuperados não passam por uma boa manutenção antes de serem colocados à venda, o que dificulta uma revenda futura e às vezes impede a obtenção de um seguro – por este motivo, é importante saber do histórico que o veículo carrega.
Como funciona a ‘caneta dedo-duro’?
O serviço de funilaria utiliza uma massa de poliéster para reparar a lataria de um carro amassado ou danificado e, dentre os vários problemas que podem ocorrer nesse processo, estão o uso de camadas muito grossas ou muito finas desta massa plástica.
Quando a camada de massa é muito grossa, ela pode estar sendo usada para esconder danos mais profundos e até estruturais. Por outro lado, quando a massa é muito fina, isso significa que a superfície da lataria não foi reparada corretamente.
Como vendedores nem sempre são honestos sobre as procedências de um veículo, e como isso pode se tornar um enorme problema para os leigos, essa caneta é uma mão na roda. Por ser magnética, a ‘caneta dedo-duro’ indica a distância aproximada entre a sua ponta e a lataria do carro, medindo as camadas de tinta e massa entre as duas.
Os modelos e preços do instrumento variam entre $80 e $250 reais, mas o funcionamento é sempre o mesmo: ao aproximar a caneta da superfície a ser analisada e gentilmente afastá-la, o ímã revelará a profundidade da camada entre as partes magnéticas, mostrando as opções “muito espessa”, “repintura”, “boa” ou “muito fina”.
Por mais que a repintura de um carro não necessariamente implique em desvalorização, o excesso de massa plástica pode significar que o automóvel foi reparado diversas vezes – que, por sua vez, diminui drasticamente o valor. Além disso, quando o acidente é grave e os reparos são maiores, a estrutura do carro pode ser comprometida, o que acarreta em maior desvalorização e, muitas vezes, na impossibilidade de um seguro.
Vale lembrar que a lataria não é o único indicador de um veículo acidentado e reparado, existem diversos outros aspectos que desvalorizam um carro, como o alinhamento das peças, problemas na documentação e até mesmo o odor de cigarro.
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Fonte: Olhar Digital
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