Os Estados Unidos iniciaram um estudo para regulamentar sistemas de inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, que recentemente chamou a atenção por sua capacidade de responder rapidamente a uma ampla gama de perguntas.

Segundo a agência de notícias Reuters, a administração Biden disse, nesta terça-feira, que está buscando opiniões públicas sobre possíveis medidas de responsabilização para esses sistemas, devido às preocupações crescentes sobre seu impacto na segurança nacional e na educação.

O chatbot da OpenAI em particular chamou a atenção dos legisladores dos EUA, uma vez que se tornou o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido da história, com mais de 100 milhões de usuários ativos mensais.

A Administração Nacional de Telecomunicações e Informação, uma agência do Departamento de Comércio que aconselha a Casa Branca sobre política de telecomunicações e informação, quer saber se existem medidas que possam ser implementadas para fornecer garantia “de que os sistemas de IA são legais, eficazes, éticos, seguros e confiáveis”.

A IA responsável pode trazer enormes benefícios, mas apenas se abordarmos suas possíveis consequências e danos. Para que esses sistemas alcancem todo o seu potencial, empresas e consumidores precisam confiar neles.

Alan Davidson, administrador do NTIA (via Reuters)

O presidente Joe Biden disse na semana passada que ainda não se sabe se a IA é perigosa. “As empresas de tecnologia têm a responsabilidade, na minha opinião, de garantir que seus produtos sejam seguros antes de torná-los públicos”, disse ele.

O ChatGPT, que impressionou alguns usuários com respostas rápidas e causou preocupação para outros com imprecisões, é feito pela OpenAI, sediada na Califórnia, e apoiada pela Microsoft.

O NTIA planeja elaborar um relatório à medida que examina “esforços para garantir que os sistemas de IA funcionem como anunciado — e sem causar danos”. Além disso, o órgão disse que buscará garantir “uma abordagem federal coesa e abrangente aos riscos e oportunidades relacionados à IA”.

Um grupo de ética de tecnologia, o Centro de Política Digital e Inteligência Artificial, recentemente pediu à Comissão Federal de Comércio dos EUA que impeça a OpenAI de emitir novos lançamentos comerciais do GPT-4, dizendo que o chatbot era “tendencioso, enganoso e um risco para a privacidade e a segurança pública”.