Os ursos pardos não são vistos no Parque Nacional das Cascatas do Norte, em Washington, nos Estados Unidos, há 27 anos, o que rendeu a eles o apelido de “ursos-fantasma”. Mas agora o governo americano está estudando formas de devolver os animais ao habitat.

O parque possui cerca de 25,5 mil quilômetros quadrados de área de floresta e desde 1996 nenhum avistamento ou vestígio da presença da espécie Ursus arctos horribilis foi confirmado no local.

O governo Biden pretende capturar ursos pardos saudáveis do Canadá ou de Montana para serem inseridos em Cascatas do Norte, assim como aconteceu com os lobos no Parque Nacional de Yellowstone. 

As autoridades esperam que ao longo dos anos esse animais que foram inseridos se tornem autossustentáveis e aumentem a população dos ursos pardos na região.

A população de urso na parque reduziu principalmente devido a caça esportiva e para o comércio de pele, até que os animais foram listados na Lista de Animais Ameaçados em 1975, ao mesmo tempo que teve-se o início de projetos de recuperação de ursos-pardos em outras cinco áreas: Yellowstone, Glacier National Park e outros locais centrados em Idaho e Montana.

Enquanto em Yellowstone o número aumentou de 136 para mais de 1000, em Cascatas do Norte, o resultado não foi tão positivo, mesmo que no passado a região fosse cheias de ursos pardos e ainda hoje existam mais de 3 mil espécies de plantas e animais que podem ser base da alimentação deles.

Fagulha de esperança

Em 2010, uma fagulha de esperança se acendeu, e um avistamento de urso pardo foi registrado no parque. O montanhista Joe Sebille estava a cerca de 1800 metros de altitude quando avistou ao longe o animal, tirou fotos e enviou para especialistas que acreditavam ser realmente um dos “ursos-fantasma”. 

Alguns meses depois, o mesmo animal foi visto mais de perto, e com certeza o animal era preto. Pesquisas realizadas em busca de carnívoros em Cascata do Norte também revelaram vestígios desses animais no parque, mas nenhum de ursos pardos.

A reintrodução dos ursos pardos provavelmente exigirá animais com hábitos majoritariamente vegetarianos, jovens e em grande maioria fêmeas, o que vai possibilitar um aumento da população mais rápido. Os pesquisadores estimam que cerca de seis animais por ano durante oito anos, podem acarretar mais de 200 “ursos-fantasma” no parque.

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