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Figura importante do ‘Swing Sixties’, ela era conhecida por seus desenhos de vestidos e saias curtíssimos, com linhas simples e cores vivas
Morreu nesta quinta-feira, 13, aos 93 anos, Mary Quant, rainha da minissaia. Segundo a família, ela partiu em paz, em sua casa no condado de Surrey, sul da Inglaterra. Figura importante do “Swing Sixties”, a estilista revolucionou o mundo da moda e popularizou a minissaia na década de 1960. Quant foi uma das estilistas mais conhecidas do século XX e uma inovadora excepcional, declararam os familiares. Ela era conhecida por seus desenhos de vestidos e saias curtíssimos, com linhas simples e cores vivas. Fã de formas geométricas, círculos, contrastes de cores e incorporação de materiais como o PVC, Mary Quant promoveu uma moda desempoeirada, lúdica e sem esnobismo. Mary Quant quase não saía em público ultimamente. Deixou um filho, Orlando, e três netos. Em 2000, ela vendeu para alguns japoneses sua empresa de cosméticos, identificada por um logotipo em forma de flor. Apesar de levar o título de rainha da minissaia, há controvérsias e reclamações, como, por exemplo, do francês André Courrèges. Sem dúvida a britânica participou da promoção internacional desta peça, assim como de todo um novo estilo para a mulher moderna, incluindo seu corte de cabelo. “Homens com chapéu-coco batiam seus guarda-chuvas em nossa janela e gritavam ‘imoral’ e ‘nojento’ ao ver nossas minissaias e meias, mas os clientes corriam para comprar”, escreveu em sua autobiografia. A ex-chefe de reação da Vogue britânica Alexandra Shulman tuitou que Quant foi “uma visionária” e a elogiou por sua “liderança na moda, mas também como empresária”.
Nascida em 11 de fevereiro de 1930 em Londres, Quant compartilhou seu início no mundo da moda com quem mais tarde seria seu marido, Alexander Plunket Greene. O que primeiro chamou sua atenção foi o estilo excêntrico de roupa do jovem estudante que conheceu na Goldsmiths Art College, em Londres. Em 1955, o casal abriu sua primeira loja, a Bazaar, junto com um amigo, no então próspero bairro de Chelsea. A loja de roupa e acessórios, juntamente com o restaurante aberto no porão, tornou-se o ponto de encontro de jovens e artistas. Atraiu celebridades como Brigitte Bardot, Audrey Hepburn, os Beatles e os Rolling Stones. A King’s Road, onde abriu a loja, transformou-se em um local de desfile para meninas de minissaia, em um ambiente de festa característico desta “Swinging London”. Aproveitando o sucesso, a estilista abre uma segunda loja em Londres, colabora com a rede americana de lojas de departamentos JC Penney e lança uma linha acessível ao grande público, a The Ginger Group. “Minhas roupas combinam perfeitamente com a moda adolescente, com o pop, bares […] e clubes de jazz”, comentou em “Quant by Quant”, sua primeira autobiografia, publicada em 1965.
Fonte: Jovem Pan News
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