Um asteroide chamado DW 2023 com 46 metros de diâmetro pode colidir com a Terra em 2046, segundo o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA. As chances são de 1 em 560, o que é relativamente baixo e preocupa pouco os cientistas, o que coloca a ameaça no nível 1 da Escala de Turim.
Mas o que é a escala de Turim? Assim como a Escala Richter para terremotos, a Turim avalia a probabilidade e o nível da catástrofe de uma possível colisão de alguma asteroide com a Terra. Ela foi implementada em 1999, após uma conferência internacional que aconteceu em Turim, na Itália, e possui 11 níveis.
Os níveis 0 e 1 são as zonas branca e a verde, respectivamente, e representam um risco de colisão e catástrofe tão baixo que é muito improvável delas acontecerem. Os asteroides até então já rastreados estão no nível 0 e não apresentam risco nenhum ao planeta.
Zona Amarela e Laranja
Na zona amarela, estão os níveis 2, 3 e 4, nela estão objetos rochosos que fazem passagens próximas à Terra, o que é acontece até com alguma frequência. No nível 2, não é preciso muito alarde do público ou atenção das autoridades, pois as chances de colisão também são improváveis.
Nos níveis 3 e 4 a chance de um impacto com a Terra é de 1% e causaria uma catástrofe mais localizada. Com mais observações do asteroide, podem ser rebaixadas até mesmo para 0, o que pode acontecer a menos de dez anos da colisão.
O perigo começa na zona laranja, nos níveis 5,6 e 7. Eventos nessas posições são considerados sérios, mas ainda sim incertos. O que diferencia cada um dos níveis é a catástrofe e as medidas de contingência.
O 5, é uma catástrofe regional e o 6 global, podendo acontecer um plano de contingência governamental se estiver para acontecer em menos de trinta anos. Já no nível 7 a mobilização deve ser internacional, tanto para promover medidas de segurança quanto para observações de avaliação do real risco do asteroide.
Zona Vermelha
Os três últimos níveis estão na zona vermelha, e são os com maiores probabilidades de colisão. O 8 representa uma destruição local em terra, ou um tsunami se o asteroide cair próximo a áreas costeiras e pode acontecer entre 1 vez a cada 50 anos e 1 vez no milênio.
O 9 desencadearia uma catástrofe regional e ocorre 1 vez a cada 10 mil anos à 1 a cada 100 mil. Já o nível 10 é realmente preocupante, um asteroide está vindo em direção a Terra e não existe nada que possa ser feito, a catástrofe global poderia extinguir a vida, como aconteceu com os dinossauros ou acabar com a civilização da forma como existe hoje, mas esse último é absurdamente improvável.
Asteroide DW 2023
O asteroide DW 2023 ainda está no nível 1 na Escala de Turim e com chances de ser rebaixado para o 0. Mas as coisas podem mudar até 2046, assim como aconteceu com o meteorito Chelyabinks que caiu na Rússia em 2013 e deixou 1500 feridos devido ao impacto que aconteceu na atmosfera e quebrou diversas janelas de vidro.
Fonte: Olhar Digital
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