No sertão da Paraíba, mais especificamente na Serra do Urubu, no trecho do município de Aguiar, será instalado o maior radiotelescópio do Brasil: BINGO (sigla em inglês para Oscilações Acústicas de Bárion de Observações Integradas de Gás Neutro).

Trata-se de um projeto grandioso, que vem sendo desenvolvido em uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a Universidade de Manchester (Inglaterra) e a Universidade YangZhou (China). 

Especialmente projetado para mapear as emissões de hidrogênio neutro no espaço profundo e a partir daí, usar as oscilações acústicas de bárions (BAOs) como régua padrão para medir a expansão do Universo, o radiotelescópio BINGO tem como principal objetivo ajudar a compreender a natureza de um dos maiores mistérios do cosmos: a energia escura.

Prof. Amilcar Rabelo de Queiroz, concidado desta sexta-feira (14) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo pessoal

Para falar sobre a iniciativa, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (14) vai receber o professor Amilcar Rabelo de Queiroz, um dos coordenadores do projeto.

Com graduação e mestrado em Física pela Universidade de Brasília (UnB), fez o doutorado em Física pela USP e realizou estágios de pós-doutoramento no Centro Internacional de Física da Matéria Condensada e no Departamento de Física Teórica da Universidade de Zaragoza, na Espanha. 

Atualmente, é professor adjunto do Instituto de Física da UnB, tendo atuado bastante tempo em aplicações de teoria quântica de campo em áreas como informação quântica, matéria condensada e altas energias. 

Como membro da gestão do projeto BINGO, tem desenvolvido alguns subprojetos dentro da colaboração como o desenvolvimento de outriggers (telescópios auxiliares) e aplicações para detecção e modelagem de rajadas rápidas de rádio (FRB) e pulsares.

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia — APA; membro da SAB — Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da BRAMON — Rede Brasileira de Observação de Meteoros — e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramTwitterLinkedIn e TikTok, além do canal por assinatura Markket (611-Vivo, 56 -Sky e 692-ClaroTV).