Descobrir se Marte já teria abrigado vida microbiana ao longo de seus bilhões de anos de história é um dos objetivos dos equipamentos de pesquisa científica que trabalham por lá. Agora, será que o Planeta Vermelho já foi habitado por seres muito maiores do que simples bactérias?
Pelo menos, é isso o que parece, em uma imagem obtida pelo rover Curiosity, da NASA. No registro, divulgado no Twitter esta semana pela astrobióloga, pesquisadora e palestrante Nathalie Cabrol, dos EUA, vê-se algo semelhante a um esqueleto… de dragão?!
Calma! Não é bem assim. Se a probabilidade de o planeta já ter sustentado vida microbiana já não é tão alta, a possibilidade de terem existido seres tão grandes quanto seria um dragão é zero.
Então, como se explica a imagem feita pelo rover da NASA?
Primeiramente, vamos lembrar que esta não é a primeira vez que uma imagem de Marte chama atenção nesse sentido. Já vimos uma cabeça de cobra e até uma porta de casinha de cachorro entre as rochas do nosso vizinho.
Tudo isso, é claro, são apenas impressões da mente causadas pela posição e formato das pedras, a luz e a perspectiva – comumente conhecido como “ilusão de ótica”.
Na verdade, são efeitos causados pela pareidolia, um fenômeno psicológico comum em todos os seres humanos, que faz com que as pessoas reconheçam imagens de rostos humanos ou animais em objetos, sombras, formações de luzes e em qualquer outro estímulo visual aleatório. É um truque da mente muito habitual quando, por exemplo, vemos as nuvens no céu e identificamos formatos familiares.
Então, o que é o dragão fotografado em Marte?
Segundo explicado pela NASA para a FoxNews, os “nódulos ventifactos”, como são conhecidos, são pedaços de rocha que foram esculpidos pelo vento.
“Muitas vezes, as rochas de forma estranha têm sua origem no passado antigo, quando a água líquida se infiltrava através de rachaduras na rocha, trazendo minerais junto com elas”, disse Andrew Good, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA. “Esses minerais eram mais duros do que a rocha ao seu redor, então o vento erodiu tudo, exceto os minerais”.
De acordo com o JPL, o Curiosity avistou essas rochas semelhantes a um esqueleto com sua câmera de mastro, a Mastcam, em maio do ano passado, no Monte Sharp, a montanha de 4,8 km de altura que o rover vem escalando desde 2014.
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Fonte: Olhar Digital
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