O Twitter começou a limpa das contas extremistas denunciadas pelo Ministério da Justiça na sua plataforma. A rede social de Elon Musk tirou do ar, pelo menos, 100 usuários, segundo Estela Aranha, assessora especial do ministro Flávio Dino e futura secretária de Direitos Digitais na pasta.

Além disso, empresa disponibilizou um canal direto para atender agentes do governo, caso alguma publicação não tenha sido retirada. “Agora, estamos com foco nas operações. Porque pegamos muitos dados e temos que analisar. O monitoramento continua”, acrescentou a assessora, em entrevista ao jornal O Globo.

Mudança de postura do Twitter

Ministro da Justiça, Flávio Dino, durante entrevista
Ministro da Justiça, Flávio Dino, explicou que portaria condensa orientações para secretarias voltadas ao consumidor e segurança pública (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

A mudança de comportamento do Twitter, em relação a seus conteúdos, rolou na quarta-feira (12), mesmo dia em que Dino publicou uma portaria para regular a ação de redes sociais sobre postagens que estimulem violência nas escolas. No documento, constava punições que iam desde multa ao banimento de empresas em caso de descumprimento da determinação.

No caso do Twitter, ao se recusar a banir usuários com conteúdo criminoso, rede social ficou sujeita a multa de R$ 12 milhões, instituída com base no Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto da Criança e do Adolescente.

É que, na segunda-feira (10), uma advogada do Twitter disse que um perfil com fotos de assassinos de crianças em atentado a uma escola não violava os termos de uso da plataforma. Fala rolou durante reunião entre representantes do governo e big techs, que ficou tensa.

Quase mil contas extremistas

Ministro da Justiça, Flávio Dino, em solenidade para assumir cargo
Além de envolver ‘serviço de consumo’, apologia a ataques nas escolas nas redes sociais tem a ver com segurança pública, segundo ministro da Justiça, Flávio Dino (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Segundo o ministro da Justiça, “algo próximo a mil perfis” difundem ameaças a escolas nas redes sociais. No começo da semana, força-tarefa – com 85 chefes de serviços de inteligência do país – encaminhou essas contas às empresas, para elas tirarem-nas do ar, e às polícias estaduais, para embasar operações.

Dino também apontou que, à luz dos recentes ataques em escolas, conteúdos permitidos nas redes sociais “se tornou uma questão fundamental” para a sociedade brasileira. “A vida de uma criança é maior que os termos de uso de uma plataforma de tecnologia”, acrescentou.

Com informações do jornal O Globo

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