Segundo informações da consultoria JATO Dynamics, o preço médio do carro 0 km subiu 7,7% em um ano e custa mais de R$ 141,4 mil, quase o dobro do automóvel novo de entrada, o Renault Kwid (R$ 68,1 mil).
Os dados indicam que a inflação dos 0 km foi de 2,1 pontos percentuais acima do IPCA – o acumulado do índice foi de 5,6%. Em cinco anos, o valor médio do veículo novo subiu incríveis 90%, indo de R$ 74,3 mil para R$ 141,4 mil.
O aumento foi maior durante o ápice da pandemia de Covid-19, que forçou paralisações dado o lockdown e a consequente falta de peças, especialmente semicondutores. Entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, o aumento foi de 37,5%.
Assim, boa parte dos veículos estão chegando à casa dos três dígitos. Enquanto há mais de dez anos, um veículo zero de entrada saía por cerca de R$ 30 mil, hoje já sai pelo dobro (vale ressaltar que a introdução de novos itens de fábrica – ABS, airbag, mídia, ar condicionado, etc. – também causou aumento nos últimos anos) e, para o trabalhador conseguir adquirir um, precisa de 50 salários mínimos, ou mais de quatro anos de trabalho gastos.
Nem precisamos ir tão longe para identificar a mudança. Há quatro anos, o modelo mais em conta era o Chery QQ (R$ 26,6 mil). Para adquiri-lo, o trabalhador precisava de 28 salários mínimos.
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio de Lima Leite, indica que o problema está na perda do poder de compra do brasileiro.
Nessa toada, a entidade simulou a correção dos valores de veículos ofertados entre 1992 e 1994, quando Itamar Franco era o presidente. Por mais incrível que pareça, o VW Fusca Itamar, o mais barato à época, custaria R$ 80 mil hoje – ainda mais caro do que o carro de entrada atualmente.
Com informações de g1
Fonte: Olhar Digital
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