Imagina estar observando as auroras boreais quando uma misteriosa espiral aparece no céu? Foi isso que aconteceu com o fotógrafo Todd Salat, na manhã de sábado (15), enquanto estava no Alasca fotografando a interação dos ventos solares com a atmosfera e o campo magnético da Terra, mas aparentemente o fenômeno possui uma explicação.
O avistamento aconteceu próximo a cidade de Delta Junction, quando a espiral azul brilhante apareceu em meio as cortinas verdes fluorescentes, crescendo à medida que se afastava.
Por mais impressionante que tenha sido a espiral e talvez até mesmo assustadora, esta não é a primeira vez que um redemoinho brilhante aparece no céu e provavelmente está longe de ser a última. A coincidência é que eles aparecem algum tempo depois de determinados acontecimentos aqui na Terra.
Cerca de meia hora antes do aparecimento da espiral no céu, na na Vandenberg Space Force Base, na Califórnia, a SpaceX lançou um foguete Falcon 9, contendo dezenas de satélites como parte da sua missão Transporte-7.
Alguns minutos depois do lançamento, o primeiro estágio do foguete voltou à superfície da Terra para ser reutilizado em outras missões, enquanto isso, o segundo estágio continuava a subir até deixar os satélites em órbita e voltar para a Terra.
Para isso acontecer, o estágio de carga precisou liberar todo o seu combustível restante, fazendo-o girar. O vapor de água presente no propelente congelou e foi iluminado pela luz solar, o que deu o aspecto brilhante à espiral.
Espiral no céu tem explicação
Apesar de especulativo, os redemoinhos brilhantes no céu aparecem quase sempre após o lançamento de foguete da SpaceX e esferas luminosas também já apareceram depois da decolagem de foguetes russos e chineses.
A frequência cada vez maior desses eventos parece um avanço para indústria aeroespacial, no entanto os astrônomos acham isso um problemão. A maioria desses lançamentos está relacionado à colocação de satélites em órbita, o que pode poluir a vista do céu noturno e atrapalhar a observação espacial.
Enquanto as espirais se tornam cada vez mais comuns no céu noturno, devido ao lançamento de novos satélites, pode ser que no futuro talvez o que está atrás deles não possa mais ser visto.
Fonte: Olhar Digital
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