O G7 – Grupo dos Sete, organização com líderes das maiores economias do mundo – discutirão sobre IA (inteligência artificial) generativa e, consequentemente, ChatGPT na próxima cúpula, agendada para maio, em Hiroshima, no Japão. Informações, veiculadas nesta quarta-feira (19), são da Kyodo, agência de notícias japonesa.
Ainda segundo a agência nipônica, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que “regras internacionais precisam ser criadas”. Fala ocorreu durante uma reunião com executivos de jornais regionais do país.
Comentário do primeiro-ministro do Japão emerge num momento em que número de pedidos pela regulamentação de sistemas avançados de IA cresce mundo a fora. Enquanto isso, uso do ChatGPT e outros programas semelhantes se entranha cada vez nas rotinas tanto pessoais quanto profissionais.
Nesta semana, legisladores da UE (União Europeia) pediram aos líderes mundiais que realizassem uma cúpula para discutir maneiras de controlar desenvolvimento desse tipo de sistema. Na semana anterior, o líder da maioria no Senado dos EUA, Chuck Schumer, disse tinha se lançado ao estabelecimento de regras sobre IA. Abordar questões de segurança nacional e educação estão entre objetivos desse esforço, segundo Schumer.
Falando em ChatGPT…
Japão anunciou, na terça-feira (18), que vai usar chatbot da OpenAI em atividades do governo. Ideia é usar ChatGPT para facilitar compreensão de regulamentos oficiais – muitas vezes complexos e interpretativos.
Essa foi a primeira vez que um ramo do governo central do Japão falou pública e abertamente sobre testes com IA da OpenAI. Atualmente, Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas do Japão faz test-drives com a ferramenta. Segundo o ministro Tetsuro Nomura, pasta busca simplificar documentos oficiais e torná-los mais acessíveis.
Ministro garantiu que uso da ferramenta é simples. Nomura também explicou que chatbot lidará apenas com informações públicas. Isso porque, segundo ele, “há sempre o perigo de vazamento de informações sigilosas”.
Segredos no ventilador
Um relatório, publicado por uma empresa cibernética de Israel nesta quarta-feira (19), embasa preocupações do ministro. O documento alerta que uso do ChatGPT torna empresas suscetíveis a vazamentos de segredos corporativos e ações judiciais.
O temor é que hackers possam explorar chatbots – seja da OpenAI e outros lançados depois dele – para acessar informações corporativas sigilosas ou armar contra empresas. Também há preocupações de que empresas de IA usem informações confidenciais “alimentadas” nos chatbots, por meio dos comandos de texto, no futuro.
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Fonte: Olhar Digital
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