Mude a Cidade
Ouça ao vivo
Mude a Cidade
Ouça ao vivo
Segundo deputado do PL, a administração federal colocou membros do MST para cuidar de sete superintendências do órgão responsável por criar políticas de reforma agrária
O governo federal cedeu às pressões do Movimento Sem Terra (MST) e nomeou sete novos superintendentes estaduais para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que é ex-ministro do Meio Ambiente e vem se mobilizando como oposição ao MST, concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre o tema. “As nomeações de membros do MST no Incra são desvio de finalidade. Você não pode colocar um líder do Movimento Sem Terra, que lidera invasões no país, para administrar justamente um órgão público, com orçamento bastante significativo, que tem como função constitucional justamente regulamentar e implementar políticas de reforma agrária. Você está pondo o lobo para tomar conta do galinheiro. Isso não pode. Isso tem claro conflito de interesse e terá que ser respondido judicialmente e na Controladoria-geral da União”, afirmou.
Questionado sobre a dificuldade do governo Lula em barrar ações do MST, Salles falou disse acreditar que o movimento usa o fato de não ter CNPJ para driblar punições institucionais: “O MST, propositalmente, é uma entidade fictícia. Em outras palavras, eles não têm CNPJ. Eles não criaram uma personalidade jurídica que possa ser responsabilizada como entidade. Nós podemos, sim, responsabilizar os seus líderes, na pessoa física”. Ainda para o deputado, o governo age de forma ambígua para não criminalizar as ações realizadas no campo pelos militantes: “O governo age de forma esquizofrênica em relação às invasões. De um lado, para fazer média com a sociedade, do outro leva o João Pedro Stédile, líder do MST, para a China. Stédile estava na comitiva oficial do presidente da República em viagem à China. É uma contradição absoluta”.
Salles ainda citou a última declaração do ministro da Agricultura, condenando invasões de terra, que, segundo ele, ocorreu de maneira oportunista ao perceber que o agro não estava satisfeito. “Com relação ao [ministro da Agricultura, Carlos] Fávaro, ele sentiu que a sociedade, em especial o agro, não estava satisfeito com aquilo que ele vinha dizendo. Ele chegou a dizer, a cerca de um mês ou pouco menos, que o MST era mal compreendido, que as pessoas estavam com preconceito com o MST, e foi muito criticado por todo o setor do agro, a quem ele deveria representar na qualidade de ministro. Ou seja, há um movimento dissimulado do governo federal que, para não contrariar a população urbana e aqueles do campo que defendem o direito de propriedade, fazem um discurso de relativa condenação às invasões, mas, por outro lado, leva o líder do MST, volta a liberar dinheiro para essas invasões (sic). É importante lembrar que no governo do presidente Bolsonaro, as invasões caíram tanto porque não só houve uma condenação moral com as invasões, mas também o sentimento de fim de impunidade e corte de verbas. O governo Bolsonaro cortou verbas que eram utilizadas por terceiras entidades para, usando um pretexto incontestável, saúde e educação, transferir para invasões e movimentos”, disse Ricardo Salles.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários