O Twitter removeu uma das políticas que protegiam (especificamente) pessoas transexuais contra o discurso de ódio.
A seção removida pela rede social de Elon Musk descrevia:
Proibimos direcionar outras pessoas com calúnias repetidas, tropos ou outro conteúdo que pretenda desumanizar, degradar ou reforçar estereótipos negativos ou prejudiciais sobre uma categoria protegida. Isso inclui erros de gênero direcionados ou nomes mortos de indivíduos transgêneros.
Conforme relatou a Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (GLAAD), o Twitter removeu a política silenciosamente. O Wayback Machine (banco de dados de que arquiva versões de bilhões de sites), a rede social removeu a política um dia após alterar sua política de definição sobre assédio direcionado.
A decisão do Twitter de reverter secretamente sua política de longa data é o exemplo mais recente de quão insegura a empresa é para usuários e anunciantes. Essa decisão de reverter a segurança LGBTQ coloca o Twitter ainda mais fora de sintonia com TikTok, Pinterest e Meta, que mantêm políticas semelhantes para proteger seus usuários transgêneros em um momento em que a retórica anti-transgênero online está levando à discriminação e violência no mundo real.
A prática de misgendering e deadnaming direcionados foi identificada pela ADL e outros grupos da sociedade civil como uma forma de discurso de ódio. As empresas de mídia social comprometidas em manter ambientes seguros para pessoas LGBTQ devem trabalhar para melhorar as políticas de discurso de ódio, não para excluir as de longa data.
Sarah Kate Ellis, presidente e CEO do GLAAD.
Uma pesquisa realizada pela GLAAD e Human Rights Campaign, entrevistou usuários LGBTQ do Twitter em fevereiro desse e ano e mostrou que 60% dos entrevistados relataram que experimentaram um aumento no discurso abusivo e odioso na rede social desde que Elon Musk assumiu a liderança da empresa.
Assim que assumiu o comando do Twitter, Musk restabeleceu diversas contas que foram banidas por atacar transexuais.
Conforme relatou o The Verge ainda que a política tenha sido removida, a rede social ainda proíbe o ataque a outras pessoas com base em “raça, etnia, nacionalidade, casta, orientação sexual, gênero, identidade de gênero, afiliação religiosa, idade, deficiência ou doença grave”.
Fonte: Olhar Digital
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