A instituição Scripps Research desenvolveu nova vacina contra o HIV, com vantagem significativa na neutralização do vírus em testes pré-clinicos. A próxima etapa será de estudos em pessoas saudáveis que sejam voluntárias durante a fase clínica.
Um artigo sobre essa vacina foi publicado na revista Nature Communications em 9 de abril de 2023. A matéria descreve o imunizante como minúsculas “nanopartículas” de proteínas capazes de exibir várias cópias da proteína de superfície do HIV Env (gene viral que codifica a proteína responsável por formar o envelope viral). Dessa forma, o vírus é apresentado ao sistema imunológico da mesma maneira que as partículas reais do HIV, mas sem causar a infecção pelo HIV.
O grande destaque da nova vacina é a inovação, cujos efeitos são relacionados as moléculas de açúcar flexíveis, chamadas glicanos. Essas moléculas cobrem o Env no vírus real, mas, nesse imunizante, são encurtadas em novo formato. Com os resultados pré-clínicos, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) patrocinarão o ensaio clínico programado para acontecer futuramente.
Os estudos apontam que a principal estratégias de defesa utilizada pelo vírus é proteger sua estrutura mais exposta (a Env) com glicanos – que são moléculas simples compostas por várias células humanas que realizam diversas funções. Já o Env contém em sua estrutura locais onde esses glicanos se prendem automaticamente, e dentro dos organismos humanos, termina coberto por eles.
“Com este projeto, parece que resolvemos grande peça do quebra-cabeça da vacina contra o HIV”, afirma Jiang Zhu, autor sênior do artigo e professor associado ao Departamento de Biologia Estrutural e Computacional Integrativa da Scripps Research.
Com informações de MedicalXpress
Fonte: Olhar Digital
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