Na manhã de quinta-feira (20), o tão aguardado lançamento do maior foguete de todos os tempos terminou em uma explosão. Quatro minutos após a decolagem, o complexo veicular Starship, da SpaceX, acionou o modo de autodestruição pouco antes da separação dos estágios.

Com 120 metros de altura, o maior veículo espacial já construído na história havia saído do chão às 10h34 da manhã (pelo horário de Brasília), a partir da Starbase, a base de lançamento da SpaceX no Texas, quando houve uma falha de pressurização, a 35 km de altitude.

A explosão no ar foi surpreendente. Em solo, no entanto, já se esperava que o foguete produzisse uma pluma de lançamento impressionante ao decolar com um impulso recorde e que, possivelmente, causasse danos à plataforma de lançamento – mesmo que não houvesse nenhuma falha e tivesse dado tudo certo.

Câmeras estrategicamente posicionadas perto da gigantesca torre de lançamento de 142 metros de altura pelo LabPadre (um canal popular nos EUA especializado em cobrir lançamentos da SpaceX) mostram que a área circundante realmente sofreu alguns danos.

Chamada “Mechazilla”, a torre é uma estrutura metálica dotada de braços mecânicos semi-autônomos que foi construída especialmente para os lançamentos e pousos do gigantesco conjunto que configura o foguete mais poderoso do mundo.

Câmeras tão próximas a essa edificação são controladas remotamente, pois todos devem deixar a área antes do lançamento por razões de segurança. Pelas imagens abaixo, percebe-se por que essa regra deve ser rigorosamente cumprida (um carro que estava estacionado perto foi fortemente atingido por detritos, como se vê no vídeo).

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Originalmente, a operação ocorrida na quinta-feira (20) estava marcada para segunda (17), mas um problema de congelamento em uma válvula de pressurização detectado cerca de dez minutos antes da decolagem obrigou o cancelamento do lançamento, com a contagem sendo interrompida aos 40 segundos.

Na ocasião, Elon Musk, proprietário e CEO da SpaceX, disse que, para uma próxima tentativa, no mínimo, queria ver o foguete levantar voo, sem causar muitos danos à plataforma e arredores. Ainda não se têm informações oficiais sobre a dimensão do prejuízo, mas as imagens indicam alguns estragos significativos – como uma cratera gigantesca que se formou diretamente abaixo da torre e os tanques de água próximos bastante amassados.

Apesar da autodestruição forçada do foguete, a SpaceX considera a experiência positiva. “Com um teste como este, o sucesso vem do que aprendemos, e o teste de hoje nos ajudará a melhorar a confiabilidade do Starship, à medida que a SpaceX procura tornar a vida multiplanetária”, tuitou a empresa pouco depois do episódio.