Nesta sexta-feira (21), a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório alarmante, apontando que a temperatura média global em 2022 ficou 1,15ºC acima da era pré-industrial. A expectativa estabelecida para 2030 é de 1,5ºC, e o Brasil, juntamente com outros cem países, se comprometeu a trabalhar para frear o aquecimento global.

Se você está com pressa:

A agência da ONU já havia alertado no final de 2022 sobre a insuficiência dos esforços para reduzir as emissões de metano. O aquecimento global traz sérias consequências, como aumento do nível do mar, ondas de calor e desertificação. A OMM confirmou que os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados, com 2022 classificado como o “5º ou 6º ano mais quente”.

Por que se preocupar com o aquecimento global?

Esse aumento de temperatura é causado pelo acúmulo contínuo de gases de efeito estufa e de calor. Em 2022, eventos extremos como ondas de calor, secas e inundações devastadoras foram observados. A seca na África Oriental, chuvas recordes no Paquistão e ondas de calor na China e Europa afetaram milhões de pessoas e causaram insegurança alimentar, migração em massa e prejuízos bilionários.

Aquecimento global
Imagem: Jirasak JP – Shutterstock

O relatório anual também mostrou que o gelo marinho na Antártica recuou para um mínimo recorde, e os oceanos tiveram as temperaturas mais quentes já registradas. A taxa de 1,15ºC preocupa a OMM, pois foi registrada mesmo com a influência do La Niña e está muito próxima do “limite seguro” de 1,5ºC das mudanças climáticas.

Especialistas alertam que as medidas para combater o aquecimento global estão sendo implementadas em ritmo insuficiente. O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a necessidade de ação climática acelerada e maiores investimentos em medidas de mitigação, especialmente para países e comunidades mais vulneráveis.