Com exceção do caso de Benjamin Button, um dos principais indicadores de envelhecimento humano são os cabelos brancos – embora algumas pessoas apresentem os grisalhos de forma precoce. Novo estudo publicado na revista Nature apresentou tese elaborada sobre o assunto, com base em estudos feitos com camundongos.

Esse estudo foi dirigido por pesquisadores da Faculdade Grossman de Medicina, da Universidade de Nova York. Segundo a pesquisa, as células-tronco de melanócitos em nossos folículos pilosos são responsáveis por produzir e manter a pigmentação dos cabelos.

Esses folículos mantém as células em armazenamento, até que seja necessário que transitem entre as partes do folículo, transportando proteínas e estimulando o amadurecimento das células que produzem o pigmento – e produzindo a cor dos cabelos.

“Este é um grande passo para entender por que ficamos ‘cinzas’”, contou Mayumi Ito, autora do estudo e professora de dermatologia da Escola de Medicina Grossman, da NYU.

Com o tempo, os cientistas descobriram que as células melanócitas não conseguiram mais manter essa ação dupla. O crescimento de novos fios em paralelo a queda de outros afetam o folículo, e, em alguns casos, as células-tronco pararam de realizar sua função, transportando os elementos necessários na produção do pigmento – resultando na falta de melanina nos novos fios em crescimento.

Embora os estudos tenham sido realizados em roedores, estima-se que os resultados sejam importantes para entender como esse processo acontece em humanos.

Eu acho que, às vezes, as pessoas tomam o cabelo como garantido, mas, em certo sentido, isso torna realmente muito fácil para nós vermos maneiras potenciais pelas quais o envelhecimento ou outras perturbações afetam nossos corpos.

Melissa Harris, bióloga da Universidade do Alabama em Birmingham

Com informações de The New York Times