Enquanto as gravadoras tentam barrar músicas criadas por IA com vozes de artistas famosos, a cantora Grimes, ex-exposa do empresário Elon Musk, sugere uma saída diferente. No Twitter, a compositora e produtora disse que está disposta a “dividir 50% dos royalties de qualquer música bem-sucedida gerada por IA”.
Grimes acrescenta que todos podem usar a sua voz “sem penalidade” ou “obrigações legais”. Apesar de não entrar em muitos detalhes sobre como essa divisão funcionaria, outra sugestão da artista canadense é aplicar a regra apenas para faixas “virais”.
Segundo o The Verge, Grimes não é a primeira cantora a abraçar o uso da IA no meio musical. A musicista experimental Holly Herndon revelou em 2021 uma versão da sua própria voz criada com a ajuda da inteligência artificial, a ‘Holly Plus’.
Desde então, Herndon permite que outras pessoas criem canções usando o clone da sua voz. No entanto, também há uma limitação: apenas membros da sua organização autônoma podem lucrar com a prática.
Quem é Grimes?
Hit “fake” de IA viralizou
Vale lembrar que o assunto ganhou força na semana passada após a faixa “Heart on My Sleeve”, gerada por modelos de voz de Drake e The Weeknd, viralizar. Além de ser banida das plataformas de streaming de áudio, o grupo Universal Music fez críticas contra o uso de IA, o que em tese viola os direitos autorias dos seus artistas (uma discussão de longa data ainda sem solução, não só entre os músicos).
“De que lado da história as partes interessadas no ecossistema da música querem estar: dos artistas, fãs e expressão criativa humana; ou dos deep fakes, fraude e negando aos artistas sua devida compensação?”, disse a gravadora
No fim, como a IA generativa cresce e melhora em ritmo alarmante, especialistas alertam que a tecnologia pode remodelar a indústria criativa. Resta saber como o mercado vai se ajustar às novas normas.
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Fonte: Olhar Digital
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