O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou sua campanha de reeleição ao cargo nesta terça-feira (25). E o RNC (sigla em inglês para Comitê Nacional Republicano) respondeu com anúncio de ataque que trazia imagens geradas por IA (inteligência artificial).
Vídeo contém uma série de imagens estilísticas imaginando a reeleição de Biden em 2024. Ele sugere que isso levará a uma série de crises, com imagens retratando explosões em Taiwan após uma invasão chinesa e implantações militares em ruas presumivelmente americanas.
IA e deepfakes na política
Um pequeno aviso no canto superior esquerdo do quadro diz “construído inteiramente com imagens de IA”, enquanto a legenda abaixo do vídeo do YouTube diz: “Uma visão gerada por IA sobre o possível futuro do país se Joe Biden for reeleito em 2024”. Um porta-voz do RNC disse à Axios que foi o primeiro anúncio desse tipo divulgado pela organização.
Ainda não se sabe quais ferramentas foram usadas para criar as imagens, nem se isso violaria quaisquer termos e condições. Vários geradores de imagem de IA bem conhecidos, como Midjourney e DALL-E, limitam a criação de imagens abertamente políticas. Por exemplo, o Midjourney não permite que você gere fotos de Xi Jinping para “minimizar o drama” e proibiu o uso do termo “preso”.) No entanto, a maioria das imagens no anúncio é bastante genérica e provavelmente pode ser gerado sem cair em qualquer filtro do sistema.
Outras questões levantadas pelo anúncio são complexas e preocupantes. Muitos especialistas alertaram que os deepfakes gerados por IA podem ser usados para espalhar desinformação política. Mas e se essa desinformação vier dos próprios políticos? E como traçar a linha entre desinformação e campanha regular?
Se os políticos adotarem deepfakes, eles provavelmente também poderão compartilhar esse conteúdo online. Em 2020, a Meta, empresa dona do Facebook e do Instagram, proibiu conteúdo gerado por IA que provavelmente enganaria espectadores. Mas empresa se recusou a responder perguntas sobre se essa regra também se aplica a políticos, que já estão isentos de verificação de fatos.
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Fonte: Olhar Digital
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